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Oposição no congresso decide pressionar PMDB a apoiar o impeachment

Em encontro no gabinete do presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG) nesta quinta-feira, 17, lideranças da oposição decidiram pressionar o PMDB a apoiar o impeachment da presidente Dilma Rousseff

Agência Estado
postado em 17/03/2016 13:10
Em encontro no gabinete do presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG) nesta quinta-feira, 17, lideranças da oposição decidiram pressionar o PMDB a apoiar o impeachment da presidente Dilma Rousseff.



A avaliação dos parlamentares oposicionistas, que se reuniram no momento da solenidade de posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula para ministro da Casa Civil, é que somente com a adesão dos peemedebistas ao afastamento de Dilma será possível superar o impasse da crise política.

"Queremos uma posição do PMDB, é o fiel da balança", disse o líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), após a reunião. "O PMDB tem de sair do muro, porque o povo já derrubou o muro. Não dá mais para navegar numa posição de ser carne ou peixe", reforçou o líder do DEM da Casa, Ronaldo Caiado (GO).

Os oposicionistas consideram que, com o agravamento da crise, o PMDB precisa se pronunciar. A legenda preside a Câmara, com Eduardo Cunha (RJ), e o Senado, com Renan Calheiros (AL). Ficou decidido que os contatos com Renan e com o vice-presidente da República e presidente do PMDB, Michel Temer, serão intensificados para se encontrar uma solução.

Durante a reunião, o presidente do PSDB telefonou para Renan Calheiros a fim de pedir a ele que garantisse a abertura da sessão do plenário do Senado. Renan disse que iria se empenhar para isso. A sessão foi aberta por volta das 12h30 em clima de muita tensão entre governistas e oposicionistas.

Para o líder tucano, após a revelação dos grampos, aumentaram os motivos para que a presidente Dilma seja afastada do cargo. A oposição diz que houve obstrução de Justiça quando a presidente foi flagrada na interceptação tentando informar a Lula sobre o termo de posse dele, que serviria para garantir foro privilegiado ao ex-presidente.

"Se já existiam motivos para o impeachment, eles agora estão sobrando", avaliou Cássio Cunha Lima, para quem não houve qualquer ilegalidade na divulgação do diálogo entre Dilma e Lula pelo juiz Sérgio Moro, responsável na primeira instância pela condução das investigações da Operação Lava Jato.

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