Politica

Governo argentino observa com preocupação a crise política no Brasil

A chanceler Susana Malcorra negou que a Argentina tenha dado um apoio "frio" à presidente Dilma Rousseff, como afirmaram os opositores a Macri

Agência France-Presse
postado em 18/03/2016 15:19
O governo argentino do presidente Mauricio Macri observa com preocupação a crise política no Brasil, seu maior parceiro comercial, e expressou nessa sexta-feira (18/3) apoio institucional à presidente Dilma Rousseff.

A chanceler Susana Malcorra negou que a Argentina tenha dado um apoio "frio" à presidente Dilma Rousseff nesses dias em que a crise no país vizinho foi acirrada, como consideraram as forças políticas opositoras a Macri.
"Não, não há (um apoio frio), há um apoio institucional, que é o que corresponde", defendeu a chanceler em declarações à rádio Belgrano.

Sobre a tensão social no Brasil, Malcorra disse que a forma como esses problemas são conduzidos, "através de grandes manifestações públicas", os preocupa.

"As instituições têm que resolver os problemas através dos canais institucionais. (Dilma) Rousseff foi eleita por um mecanismo democrático e só um mecanismo democrático, institucional, pode mudar isso", acrescentou.

Malcorra também foi perguntada sobre a discussão no Congresso brasileiro para analisar o pedido de impeachment da presidente por corrupção.

"Houve muitas discussões pelo impeachment, mas elas não avançaram. Se não avançaram é porque não há elementos suficientes", declarou.

"Trabalhamos com nossos colegas da Unasul para fixar uma posição como bloco", adiantou.

A chanceler argentina enfatizou que Buenos Aires está "acompanhando muito de perto a questão". "Estamos acompanhando com preocupação. Nos preocupa que a institucionalidade do Brasil se veja afetada", acrescentou.

O chefe de Gabinete de Macri, Marcos Peña, argumentou na mesma linha. "Olhamos com preocupação o que está acontecendo no Brasil. O Brasil é um parceiro estratégico, olhamos com interesse o que está acontecendo, mas com respeito porque é um processo que eles que tem que definir", afirmou.

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