Na primeira sessão após a instalação da comissão especial do impeachment na Câmara, os governistas apresentaram questões de ordem criticando a inclusão da delação premiada do senador Delcídio Amaral (sem partido-MS) ao processo contra a presidente Dilma Rousseff. Também foi questionado o processo por crime de responsabilidade contra a petista quando o Congresso sequer votou as contas do governo de 2014 e 2015.
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O primeiro a questionar foi o vice-líder do governo Paulo Teixeira (PT-SP). O petista argumentou que o pedido aceito na Câmara se restringia às "pedaladas fiscais". "Não é possível que se incluam fatos a todo momento", reclamou.
Em seguida, a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) afirmou que nova denúncia deve ser submetida a outra comissão e pediu a suspensão da contagem do prazo de defesa da petista até que se resolva o acolhimento da delação.
Ela lembrou que, ao aceitar a denúncia contra Dilma, o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), descartou parte do que foi denunciado. Os governistas rejeitaram a possibilidade do relator Jovair Arantes (PTB-GO) decidir monocraticamente, como sugeriu o presidente do colegiado, Rogério Rosso (PSD-DF).
Outro vice-líder do governo, Silvio Costa (PTdoB-PE), cobrou de Rosso altivez e um posicionamento sobre o acolhimento do aditamento. Ele disse que Cunha não poderia ter acolhido de última hora a junção da delação. "Tenho quase certeza que Vossa Excelência não é funcionário de Eduardo Cunha", afirmou.
Já o petista Pepe Vargas (RS) fez uma questão de ordem observando que as contas governamentais sequer foram julgadas no Congresso. "Com base em que artigo essa comissão especial vai usurpar a prerrogativa da Comissão Mista de Orçamento de julgar as contas presidenciais?", declarou.