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Eduardo Cunha apresenta defesa no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados

O documento é composto por cinco volumes que incluem anexos e notas taquigráficas e devem ser analisados primeiramente pelo relator do caso, o deputado Marcos Rogério

Mishelly Coelho
postado em 21/03/2016 22:12
Nesta segunda-feira (21), foi protocolado por volta das 18h14, pelo representante do deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ), o advogado Marcelo Nobre, a defesa sobre a relação das acusações de quebra de decoro parlamentar que são analisadas pelo Conselho de Ética. Este era o prazo final para a apresentação do presidente da Câmara dos Deputados.

O teor do documento não foi revelado pelo advogado do parlamentar e nem pela assessoria do Conselho, mas o documento é composto por cinco volumes que incluem anexos e notas taquigráficas e devem ser analisados primeiramente pelo relator do caso, o deputado Marcos Rogério (DEM-RO).
O deputado José Carlos Araújo (PR-BA), presidente do Conselho, não estava em Brasília na entrega da defesa e deve decidir o que será feito nesta terça-feira (22). A expectativa é que os documentos sejam distribuídos ainda hoje para os parlamentares e se tornem públicos, já que tem reunião da mesa marcada para às 9h30, no plenário 11, que iniciará oficialmente, o prazo da próxima fase de trabalhos.

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[SAIBAMAIS]A nova etapa do processo pode durar até 40 dias úteis. Nela, será realizada a coleta de provas e o agendamento de depoimentos. Caso não aconteça imprevistos, a fase se encerrará no dia 18 de maio. Após a análise, o relator deverá apresentar seu parecer definitivo, que pode ser a cassação de Eduardo Cunha. O último prazo para a apresentação do relatório final deverá ser, no máximo, até dia 2 de junho. Em seguida, após ser discutido e votado pelo Conselho de Ética, o caso segue para o plenário da Câmara dos Deputados.

Eduardo Cunha é acusado por ter mentido na CPI da Petrobras, quando em março de 2015, afirmou não ter contas secretas no exterior. Documentos do Ministério Público da Suíça denunciaram a existência ligada a ele. O mesmo nega ser dono das contas no país, mas admitiu ter usufruto de ativos administrados por trustes estrangeiros. A representação apresentada contra ele foi feita pelo PSOL e pela Rede Sustentabilidade.

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