Politica

Protesto na porta da residência oficial de Renan Calheiros pede impeachment

Com cornetas de plástico e megafones, o grupo está reunido com cartazes e bandeiras do Brasil. Uma das pessoas está fantasiada de presidente, inclusive com uma faixa presidencial, e segura um cartaz de 'Fora eu'

Hédio Ferreira Jr. - Especial para o Correio
postado em 23/03/2016 09:21
Com cornetas de plástico e megafones, o grupo está reunido com cartazes e bandeiras do Brasil. Uma das pessoas está fantasiada de presidente, inclusive com uma faixa presidencial, e segura um cartaz de 'Fora eu'
Dez manifestantes protestaram a favor do impeachment de Dilma Rousseff na manhã desta quarta-feira (23/3) na porta da residência do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), na Península dos Ministros, no Lago Sul. Com cornetas de plástico e megafones, o grupo portava também cartazes e bandeiras do Brasil. Uma das pessoas estava fantasiada de presidente, inclusive com uma faixa presidencial, e segurava um cartaz de "Fora eu".


Eles reclamaram um posicionamento do senador favorável ao impedimento do mandato de Dilma. "Queremos o impeachment. O senhor é um cabra macho e confiamos no senhor", falava um deles pelo aparelho sonoro. A segurança de Renan não confirmou se ele estava na casa na hora do protesto.

Para distrair e chamar atenção, os manifestantes fizeram graça e estouraram dois fogos de artifício. "Tá tranquilo, tá impeachmado", cantou e dançou a falsa Dilma.

De acordo com a empresária Luciana Almeida, de 50 anos, a proposta do ato era pontual e com o número de manifestantes que pudesse comparecer, mesmo que em número reduzido. Apesar de pequeno, o grupo faz bastante barulho e pretendia acordar o presidente do Senado. "Mas ficamos sabendo que ele acorda tarde", supõe Luciana, moradora de uma área rural no Entorno de Brasília.

A manifestação foi organizada por meio de um grupo de WhatsApp. "O problema é que nós trabalhamos e temos o que fazer. Não ganhamos nada para estar aqui", justifica Luciana. A garantia dos manifestantes é permanecer em frente à residência do Senado, na Península dos Ministros, no Lago Sul, até a hora que Renan saísse.

Às 10h, o grupo começou a se dispensar antes da saída de Renan da residência oficial. O consultor comercial da área de alimentos André Lui, de 39 anos, morador do Guará, foi embora levando um pequeno equipamento de som e uma caixa de fogos de artifício. "O patrão começa a chamar e a gente tem que ir trabalhar." Minutos depois, todos já haviam ido embora. Um novo ato está sendo organizado para às 18h, em frente ao Supremo Tribunal Federal.

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