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Eduardo Braga espera decisão do TRE-AM para assumir governo do Amazonas

Braga, do PMDB, era o candidato da Coligação Renovação e Experiência, que ficou em segundo lugar nas eleições para o governo amazonense em 2014

Agência Estado
postado em 23/03/2016 11:55
A defesa do ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, espera que o Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) julgue já no começo da próxima semana o pedido para que ele assuma imediatamente o governo estadual. O pedido já foi formalizado junto ao tribunal, mas o recesso da Justiça adiou a decisão para depois da Páscoa.



[SAIBAMAIS]"O TRE já determinou a cassação de José Melo e fizemos o pedido para que essa decisão tenha cumprimento imediato. Se o pedido for acatado, Braga poderá assumir o governo imediatamente", afirmou o advogado do ministro em Manaus, Daniel Nogueira.

Braga, do PMDB, era o candidato da Coligação Renovação e Experiência, que ficou em segundo lugar nas eleições para o governo amazonense em 2014. Mas o governador eleito, José Melo (PROS), foi condenado pelo TRE em janeiro por um suposto esquema de compra de votos no pleito.

Como Melo recorreu da decisão ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ele ainda ocupa o cargo de governador e inclusive esteve em Brasília neste mês para participar das discussões com a presidente Dilma Rousseff e com o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, acerca do pacote de alongamento das dívidas dos Estados e do Distrito Federal. "Mas, se o TRE acatar o nosso pedido de cumprimento imediato da cassação do mandato, Melo teria que conseguir uma liminar junto ao TSE para continuar no cargo", explicou Daniel Nogueira.

Caso o tribunal amazonense autorize Braga a assumir o governo amazonense já na próxima semana, o ministro teria o argumento perfeito para desembarcar do governo junto com o PMDB, sem criar um mal estar ainda maior com Dilma. Desde que integrou o ministério, no começo do ano passado, ele tem sido um dos ministros com presença mais constante no Palácio do Planalto.

Nesta terça-feira, 22, Braga evitou comentar o possível desembarque do PMDB do governo. "Não vamos misturar os assuntos", disse, durante entrevista coletiva sobre medidas do setor elétrico.

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