Eduardo Militão
postado em 30/03/2016 18:37
A Procuradoria Geral da República (PGR) denunciou, nesta quarta-feira (30/3), deputados e ex-parlamentares do Partido Progressita na Operação Lava-Jato. Eles são acusados de participarem de um esquema de desvio de dinheiro da Petrobras. Foram denunciados hoje cinco deputados, um ex-ministro e um secretário estadual.Entre os sete denunciados (veja lista abaixo), está o presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, Artur Lira (PP-AL), acusado de corrupção passiva e ocultação de bens. Os mesmos crimes são imputados ao ex-ministro das Cidades Mário Negromonte, conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia. O filho dele, o deputado Mário Negromonte Júnior (PP-BA), foi denunciado pelas mesmas condutas e também por organização criminosa e embaraço à investigação. O secretário estadual em Roraima João Pizzolati (SC) foi acusado de corrupção e ocultação de bens. Todos têm negado as acusações.
De acordo com a PGR, Pizzolati, Negromonte pai, Nelson Meurer (PR) e Pedro Corrêa (PE) sucederam o falecido deputado José Janene no esquema de arrecadação de propinas da Petrobras. A Procuradoria diz, na petição que originou o inquérito que contém a denúncia, que Pizzolati ;tem envolvimento direto com o esquema criminoso investigado na Operação Lava-Jato;.
;Ele mantinha relacionamento estreito com deputados federais do PP, especificamente no que tange à manutenção do esquema e à distribuição de propina;, narra o Ministério Público. As afirmações da Procuradoria são baseadas em depoimentos dos delatores Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, e Alberto Youssef, doleiro e operador de propinas.