Naira Trindade
postado em 31/03/2016 14:55
O titular da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, reforçou nesta quinta-feira (31/3) que é preciso reverter o clima de intolerância no país sob pena de haver mortes. "Penso que ainda não estamos no auge da radicalização", disse o ministro. A intolerância no país com relação a posições políticas contrárias também foi tópico do discurso feito pela presidente Dilma Rousseff, em ato com artistas no Palácio do Planalto.[SAIBAMAIS]Edinho ressaltou a fala da presidente e disse que é preciso "reunificar" o país. "Vamos fazer isso ou vamos esperar o primeiro cadáver ou primeiro enterro. É isso que vamos esperar? Porque vai ter", pontuou o ministro. Na avaliação do petista o que mudou nos últimos anos foi a polarização política que dominou o país nas eleições. "Não estou nos isentando. Mas sempre se encerrou essa polarização um dia depois das eleições", afirmou Edinho.
O ministro ressalta o discurso de Dilma, que lembrou do episódio nesta semana em que uma médica em Sào Paulo se recusou a atender uma criança cuja mãe é petista. "É muito grave quando uma médica se recusa a tratar uma criança porque ela, o pai e a mãe, integram o partido dos trabalhadores. Isso é muito triste, porque não porque a gente tem que demonizar a médica, mas porque reflete, sem sombra de dúvidas, algo que impacta esta médica, social e culturalmente. Esse país nunca teve essa lado fascista. Nunca teve. Nós temos preconceitos. Tem de lutar contra eles. Sabemos que tem hora que surge aqui e ali um fundamentalismo, que é muito grave, agora, estigmatizar as pessoas pelo que elas pensam?", disse a presidente, no discurso.
Em seguida, a presidente continuou na argumentação de que há uma intolerância excessiva nos discursos adotados. "Outro dia uma pessoa me disse: isso parece muito com o nazismo. Primeiro você bota uma estrela no peito e diz: é judeu. Depois, você bota para o campo de concentração. Essa intolerância não é possível. Ela não pode ocorrer. Não pode e é por isso que temos de resolver esse processo do chamado meu impedimento", afirmou a presidente.