postado em 31/03/2016 17:08
[FOTO1]O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ironizou na tarde desta quinta-feira (31) a estratégia do governo federal de ofertar cargos para partidos médios apoiarem a presidente Dilma Rousseff no processo de impeachment, que tramita no Congresso. De acordo com o parlamentar, opositor ao governo, trata-se de ;liquidação de fim de governo;. ;É um feirão, o feirão do petrolão;, afirmou, fazendo referência ao escândalo de corrupção envolvendo a Petrobras.
Na última terça-feira (29), o PMDB anunciou oficialmente o desembarque da base aliada do governo em uma rápida cerimônia, que durou apenas três minutos. Na sequência, para tentar barrar o processo de impeachment, o governo iniciou uma estratégia de alocar partidos menores na Esplanada do Ministério em busca de evitar que o impedimento prospere. Os partidos PP, PR e PSD são os principais alvos da investida governamental.
Cunha foi questionado sobre as declarações do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) que criticou publicamente o rompimento. De acordo com o senador, a decisão de romper com o governo não foi muito ;inteligente;, além de ter sido, supostamente, ;precipitada;.
;Então são poucos os inteligentes, a unanimidade que aclamou;, ironizou o carioca. ;Não acho que foi precipitado, do meu ponto de vista pessoal, acho que já está oito meses atrasado;, prosseguiu.
Questionado sobre as declarações da presidente Dilma Rousseff, que criticou o clima político tensionado no país, dizendo que há ódio no ar, Cunha atribuiu parte da culpa ao partido da presidente, o PT. ;É um embate político que [os petistas] estão fazendo. Na medida que estimula esse embate político, gera mais intolerância. Está sendo provocado pelo próprio embate, é consequência;, disse.