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Dilma evita mencionar impeachment, mas defende democracia em cerimônia

Na cerimônia, a presidente Dilma Rousseff também assinou decreto de regularização de terras quilombolas e lançou o edital do Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Sinapir)



A cerimônia iniciou com uma apresentação de membros do dos movimentos sociais sobre reforma agrária. Na ocasião, a presidente assinou também quatro decretos de regularização de territórios quilombolas, beneficiando 799 famílias no Maranhão, Pará, Rio Grande do Norte e Sergipe. Ao todo, a previsão é de atender um total de 22,2 mil hectares nas comunidades Caraíbas (130 famílias), Gurupá (149 famílias), Macambira (263 famílias) e Monge Belo (257 famílias).

Segundo a ministra da Secretaria das Mulheres, da Igualdade Racial, e dos Direitos Humanos, Nilma Lino Gomes, entre 2003 e 2014, houve uma redução da extrema pobreza no país. ;Destaca-se que o governo federal ampliou o acesso à moradia. Dentre os beneficiários do Minha Casa, Minha Vida, 71% são negros. Dentre os beneficiários do Pronatec, 68% se auto declaram negros e pardos;, defendeu, finalizando seu discurso com a repetitiva frase de que não haverá golpe no governo Dilma.

Nesta quinta-feira (31/3), a presidente recebeu apoio de artistas, cineastas e intelectuais contrários ao processo de impeachment que tramita na Câmara. No ato, Dilma começou a associar o processo de impedimento a uma vingança do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) pela votação contra ele que corre no Conselho de Ética da Câmara.

Na cerimônia de quinta, Dilma também defendeu não haver responsabilidade legal para embasar o processo que tramita na Câmara, rebateu que todos os governos cometeram pedaladas fiscais, cobrou mais tolerância comparando o que os petistas estão vivendo à perseguição sofrida pelos judeus no nazismo.Na última quarta-feira, a presidente havia se defendido também contra o impeachment no evento que lançou o Minha Casa, Minha Vida.