Politica

Para Jaques Wagner, processo de impeachment de Dilma 'caiu por terra'

O ministro fez as declarações ao comentar sobre a tese de convocação de novas eleições

Agência Estado
postado em 07/04/2016 08:14
O ministro do Gabinete Pessoal da Presidência República, Jaques Wagner, afirmou nesta quarta-feira (6/4), que o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff "caiu por terra". O ministro fez as declarações ao comentar sobre a tese de convocação de novas eleições, após participar da entrega do navio Doca Multipropósito Bahia, em Salvador, evento que contou com a presença da presidente Dilma Rousseff, que não falou com a imprensa.

O ministro acrescentou que a decisão de Marco Aurélio Mello mostra que o processo

"Olho a proposta mais como uma tentativa daqueles que querem uma repactuação nacional, que definitivamente este processo (de impeachment) caiu por terra, não representa a legalidade. Ele na verdade aprofunda a crise", avaliou.

Ainda sobre o impedimento, Wagner disse que a intenção do governo no momento é "ultrapassá-lo". "Nosso trabalho é ultrapassar este processo, que na minha opinião já está com uma consistência grande", afirmou.

[SAIBAMAIS]O ministro acrescentou que a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello mostra que o processo de impeachment da presidente "está fragilizando a democracia brasileira". Nesta terça-feira, Marco Aurélio concedeu liminar determinando que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acate também o pedido de impeachment do vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP), com o argumento de que ele deveria se ater aos aspectos formais e não sobre o mérito.



"Foi uma decisão de ministro e, como se diz, decisão de ministro do Supremo a gente deve cumprir até o recurso", disse Wagner. "Isso só mostra que o pedido de impeachment está fragilizando a democracia brasileira. Essa insistência das oposições de, há 15 meses, procurar coisa para impeachment sem causa é muito ruim", completou.

Com relação à tese de eleições gerais, o ministro a classificou como "uma coisa menos agressiva" que um impeachment, mas a iniciativa teria que partir da própria presidente da República. "É uma coisa bem menos agressiva, mas a mim parece que tem que partir dela. E não estamos nem cogitando. Quem tem que topar é a presidente, porque o mandato de quatro anos que foi conferido a ela é dela", rebateu.

Na terça-feira, a proposta ganhou fôlego com a defesa pública feita pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Dias antes, foi a vez do presidente nacional da legenda, senador Valdir Raupp (RR), que disse ser favorável à realização de eleições gerais neste ano para presidente, governadores e parlamentares, recebendo críticas de membros do PSDB e DEM. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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