Naira Trindade
postado em 07/04/2016 19:30
O ministro da Comunicação, Edinho Silva, criticou o que chamou de vazamento seletivo das informações da delação premiada de executivos da Andrade Gutierrez ; que afirmam terem feito doações ilegais à campanha da presidente Dilma Rousseff de 2010 2014 e fez um apelo para que o judiciário interfira para conter supostos vazamentos.
;Apelo aos integrantes do Ministério Público do poder judiciário para que possamos impedir que um processo de investigação que pode e deve fortalecer as instituições brasileiras se torne por meio de vazamento seletivo instrumento da luta político partidária;, pediu o ministro, frisando o conturbado momento político.
;Principalmente pela conjuntura onde estamos, num processo de definição de um pedido de impeachment, temos vazamentos seletivos utilizados de forma indevida se nenhum lastro de verdade utilizado na luta político partidária. Vazamento de uma delação premiada. Instrumento que se pressupõe sigilo, é vazado de forma seletiva;, disse.
A informações da delação premiada do ex-presidente da empresa Otávio Marques de Azevedo, sistematizada em uma planilha apresentada à Procuradoria-Geral da República, conforme divulgou o jornal Folha de São Paulo, afirmam que, em 2014, a Andrade Gutierrez doou R$ 20 milhões para o comitê da campanha de Dilma.
Segundo a Folha, nas informações prestada à Procuradoria-Geral da República, os executivos da Andrade Gutierrez revelam que as construtoras responsáveis pela obra da Usina Hidrelétrica de Belo Monte combinaram o pagamento de uma propina de R$ 150 milhões, 1% do valor que elas iriam obter pelos contratos firmados.
;Venho afirmar a forma lícita e transparente que a campanha da presidente Dilma arrecadou em 2014.Se de fato o conteúdo divulgado pela imprensa existe, não tem lastro na verdade. Jamais participei de qualquer diálogo com presidente da referida empresa onde tivesse sido mencionado palavra propina;, afirmou Edinho, que era tesoureiro da campanha da presidente Dilma nas eleições de 2014.