Politica

PP do Paraná contraria executiva e se posiciona a favor do impeachment

Em conversa com o Broadcast, o presidente estadual da legenda, deputado federal Dilceu Sperafico, considerou que o fim do mandato de Dilma ajudará o País a retomar o rumo na economia e na política

postado em 09/04/2016 17:45
A dois dias da votação do processo de impeachment contra a presidente Dilma na Comissão Especial da Câmara, integrantes do diretório do Partido Progressista (PP) do Paraná decidiram declarar apoio ao afastamento da petista. Em conversa com o Broadcast, o presidente estadual da legenda, deputado federal Dilceu Sperafico, considerou que o fim do mandato de Dilma ajudará o País a retomar o rumo na economia e na política.

"Nós não vemos outra alternativa para o Brasil tomar um novo rumo economicamente e politicamente. Precisamos sair dessa barbaridade, a situação está ficando muito grave, e por isso somos a favor do impeachment", ressaltou.

Segundo ele, a decisão foi tomada após consultar os demais integrantes do diretório estadual, por meio de vídeo conferência A defesa do afastamento de Dilma também foi publicada neste sábado no perfil no Facebook do deputado federal e integrante da Executiva Nacional, Ricardo Barros (PR). O parlamentar chegou a ser cotado para assumir um dos seis ministérios do PMDB, que entrou no balcão de negociações do governo para tentar barrar o impeachment.

"Por decisão da maioria de seus membros, a Executiva Estadual do Partido Progressista do Paraná comunica aos filiados, militantes, simpatizantes e população em geral, apoiar a tramitação e aprovação do processo de impeachment da presidente da República na Câmara dos Deputados", diz trecho da nota assinada por Sperafico.

O posicionamento do diretório do Paraná a favor do rompimento com o governo ocorre três dias depois de o presidente nacional da legenda, senador Ciro Nogueira (PI), anunciar que o partido ficaria ao lado do Palácio do Planalto até a votação do impeachment.

De acordo com Ciro Nogueira, dos 57 parlamentares do partido, mais de 40 queriam permanecer no governo. A decisão ocorreu após o partido assumir cargo de direção-geral no Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs). No radar da cúpula da legenda está, no entanto, a pasta de Saúde, atualmente comandada por Marcelo Castro (PMDB).

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