A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Fundos de Pensão adiou para amanhã (12/4), a pedido do relator do caso, deputado Sérgio Souza (PMDB-PR), a apresentação do parecer sobre os desvio de recursos dos fundos de pensão Funcef (Caixa), Postalis (Correios), Petros (Petrobras) e Previ (Banco do Brasil).
De acordo com o relator, o adiamento permitirá a inclusão de mais informações sobre o caso, entre as quais as obtidas recentemente, a partir da conclusão do relatório da Polícia Federal sobre a Operação Positus, que apurou fraudes na gestão de recursos do Postalis. Para Souza, o adiamento trará benefícios aos trabalhos da CPI.
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;Tomamos o cuidado de evitar prejuízos à aprovação do relatório. Haverá, sim, ganho para a CPI porque [o adiamento] nos permitirá aprofundar três temas que acabaram de chegar à CPI. Primeiro, o compartilhamento de informações da Lava Jato, autorizado na última sexta feira (8); a informação de que a Previ promoveu quatro autos de infração em pelo menos dois dos temas investigados pela CPI em relação à Funcef; e os indiciamentos do final de semana pela Polícia Federal, do [ex-presidente doPostalis] Alexej Predtechensky, do [operador do mercado financeiro] Fabrizzio Dulcetti Neves e de familiares deles;, disse o relator.
Sérgio Souza disse que o prejuízo nos quatro fundos de pensão investigados pela CPI passa de R$ 3 bilhões no período investigado (de 2003 a 2015), em cerca de 15 casos aprofundados pela comissão. Souza antecipa que, em seu relatório, haverá ;centenas de pessoas indiciadas;, além de encaminhamentos, levantamento de prejuízos, déficits e rombos nos quatro fundos de pensão. Apresenta ainda uma lista de recomendações a diversos órgãos e entidades. O relatório será enviado ainda hoje aos deputados integrantes da comissão.
O presidente da CPI, Efraim Filho (DEM-PB), informou que a leitura será feita nesta terça-feira (12) e a votação, na quinta (14). Para o deputado, o adiamento ajudará os parlamentares a ter mais conhecimento sobre o caso, por meio de um relatório ;muito mais robusto;.
Devido às medidas de segurança adotadas pela presidência da Câmara dos Deputados para os próximos dias, em função da votação do pedido de abertura de processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff, na Casa, Efraim Filho disse que tomará as medidas necessárias para permitir o cadastramento prévio e acesso ;dos grupos que sempre estiveram presentes na CPI;, para que participem da próxima sessão.