Politica

Cunha se reúne hoje com líderes para fechar calendário do impeachment

A tendência é que deputados comecem a discutir o processo na sexta-feira, e a votação seja realizada no domingo

postado em 12/04/2016 06:37
Deputados levaram os tradicionais cartazes contra e a favor do impeachment para a sessão de votação do relatório de Jovair Arantes: texto será hoje lido no plenário

Com a aprovação do parecer do deputado Jovair Arantes (PTB-GO) na comissão especial, segue agora o calendário do impeachment da presidente Dilma Rousseff no plenário da Câmara dos Deputados. Lá são necessários 342 votos para que o processo continue a tramitar no Senado. O relatório votado ontem será lido na sessão ordinária prevista para as 14h de hoje. A leitura das 128 páginas deve durar cerca de quatro horas. Amanhã, o texto será publicado no Diário Oficial da Câmara. Na sexta-feira, começa a ser discutido pelos 513 deputados.

[SAIBAMAIS]O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), se reúne hoje com líderes a fim de fechar detalhes dos procedimentos. A previsão é que a sessão de sexta-feira comece às 9h e pode entrar na madrugada. No dia seguinte, os trabalhos continuam, com a votação ocorrendo no domingo. Pelas regras, cinco integrantes de cada partido podem falar por até uma hora. ;Vamos cumprir rigorosamente a lei. No impeachment do ex-presidente (Fernando) Collor, houve um acordo para reduzir as pessoas (...) Não vou conduzir para nenhum tipo de acordo dessa natureza;, afirmou Cunha. Antes dos parlamentares, falam o autor do pedido de impeachment e a defesa da presidente.



Quanto à ordem de votação, Cunha deve anunciar amanhã. Aliados acreditam que ele deixará deputados do Nordeste para o fim, o que pode prejudicar o governo. Ontem, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin negou mandato de segurança do líder do PDT, deputado Weverton Rocha (MA), contestando essa ordem. Cunha afirmou que não pode usar a ordem alfabética como Ibsen Pinheiro fez na época do Collor devido a uma resolução incluída ao regimento da Casa em 1992. O peemedebista criticou ainda possíveis ausências a fim de favorecer o Planalto. ;Certamente, quem fingir qualquer tipo de coisa para não vir votar vai ter que responder pelo lado político;, disse.

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