Naira Trindade
postado em 12/04/2016 13:40
O ministro de Ciência e Tecnologia, Celso Pansera, afirmou em discurso em defesa do mandato da presidente Dilma Rousseff, nesta terça-feira (12/4) que os três ministros do PMDB ; que são deputados licenciados ; vão se licenciar do cargo de ministros para votar contrários ao processo no plenário da Câmara no domingo.Devem deixar os cargos por um dia além de Pansera, o ministro da Saúde, Marcelo Castro, e o ministro da Secretaria de Aviação Civil, Mauro Lopes (MG). Pansera também criticou o colega de partido vice-presidente Michel Temer ; que teve um áudio divulgado ontem em que afirmara que vai manter os programas sociais ao assumir o poder com a votação e aprovação do impeachment da presidente Dilma na Câmara.
Em defesa da presidente, Pansera questionou parte da gravação do aliado de legenda. ;Se é para manter os programas dela e não tem fato determinado, qual é o sentido do impeachment? Nós vamos ganhar domingo na Câmara dos Deputados;, defendeu o ministro, que não quis deixar o cargo após o partido ter abandonado a base aliada.
O ministro criticou também o Congresso estar parado em prol do impeachment. ;Vamos encerrar o turno das eleições de 2014 domingo e vamos ganhar de novo. E espero que desta vez respeitem o resultado. Este país precisa trabalhar e preciso que deixem ele trabalhar. O governo precisa governar, é preciso que deixem ele governar;.
O ministro da Educação, Aloysio Mercadante, afirmou que buscam encontrar legalidade para justificar o golpe. ;Não se enganem, o golpe está sempre buscando uma tentativa de legalidade. Hoje vocês são cobrados com esses compromissos. O que nós estamos vivendo hoje é uma tentativa como foi em 64, como foi no governo Juscelino;.
;O terceiro turno que começou no dia seguinte da eleição porque disseram que tinha problema nas urnas. E começaram a entrar com ações e a cada semana uma pauta que paralizava o país;, criticou Mercadante. ;Os governadores e prefeitos fazem hoje e jamais houve uma jurisprudência para comprovar que é crime;, continuou.
;O que teve foi para manter as políticas de inclusão social, porque quando o de cima não quer pagar o pato, quem paga são aqueles que sempre pagaram no Brasil: os trabalhadores;.