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Cunha nega que motivação do impeachment seja torná-lo vice-presidente

Segundo ele, afirmativas desse tipo são uma tentativa de politizar o processo, até porque ele não será presidente da Câmara após fevereiro de 2017

postado em 16/04/2016 15:47

Segundo ele, afirmativas desse tipo são uma tentativa de politizar o processo, até porque ele não será presidente da Câmara após fevereiro de 2017

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), negou neste sábado (16/4) que sua condução no processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff tenha, por fundo, a intenção de fazer dele o futuro vice-presidente do Brasil. Segundo Cunha, as pessoas que levantaram essas suspeitas estão, na verdade, tentando politizar o processo pelo qual passa o país, a fim de criar constrangimentos.

;O presidente da Câmara não é sucessor de ninguém. Existe uma diferença: o vice-presidente da Republica é sucessor do presidente da República e substituto eventual. O presidente da Câmara, assim como o do Senado ou o do Supremo Tribunal Federal (STF), são substitutos eventuais. A sucessão do vice e do presidente jamais é o presidente da Câmara, do Senado ou do STF;, disse Cunha ao deixar o plenário para almoçar.

Segundo ele, afirmativas desse tipo são uma tentativa de politizar o processo, até porque ele não será presidente da Câmara após fevereiro de 2017. ;Não tem lógica essa situação que está sendo colocada. Querem apenas criar um constrangimento político para tentar fazer um debate político de outra natureza;. Cunha disse ainda ;repudiar; esse tipo de suspeita levantada pelos governistas. ;Acho que temos de colocar as coisas em seu devido lugar. Há uma denúncia grave, que é a mais grave do país: o crime de responsabilidade da presidenta da República. E será apreciada a sua autorização para abertura de processo no plenário da Câmara dos Deputados. É sobre isso que a gente tem de discutir e é sobre isso que a presidenta da República deveria falar.;

O presidente da Câmara reiterou não haver ;a menor possibilidade; de "qualquer adiamento" do processo de impeachment de Dilma Rousseff. ;A sessão de votação começará amanhã às 14h, como estava previsto, e terminará amanhã;, disse. ;Depois de entrar os [discursos] individuais [dos deputados], bastando ter quatro oradores poderemos encerrar a discussão com um simples requerimento. Então vai acabar. A gente vai dosando de acordo com a vontade. Muitos querem falar. Não há nenhuma dúvida de que acabará essa discussão;, acrescentou.


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