Politica

Governo ainda conta com votos do PP contra o impeachment, diz Orlando Silva

"Conversei com o vice-presidente da Câmara, Waldir Maranhão (MA), ontem, no fim da noite, ele empenhou sua palavra. Confio na palavra que uma parcela dos pepistas caminhará conosco", disse Orlando Silva

Agência Estado
postado em 17/04/2016 12:07
O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) disse neste domingo, 17, que o governo ainda conta os votos de parcela dos deputados do PP na votação de hoje à tarde contra o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

"Conversei com o vice-presidente da Câmara, Waldir Maranhão (MA), ontem, no fim da noite, ele empenhou sua palavra. Confio na palavra que uma parcela dos pepistas caminhará conosco", disse Orlando Silva. Como o Broadcast Político, serviço em tempo real da Agência Estado, revelou, nas conversas noturnas, o comando do PP teria conseguido reverter os votos do deputado Waldir Maranhão (MA), 1; vice-presidente da Câmara, e Dudu da Fonte (PE), que, nos últimos dias, haviam fechado apoio ao governo Dilma Rousseff. O Broadcast Político apurou que ameaça de expulsão feita nas conversas teria levado à mudança de posição desses parlamentares. A reportagem, contudo, não conseguiu contato com os dois deputados na manhã deste domingo.

Silva não quis revelar o mapa dos governos para a votação de logo mais, mas garantiu que há votos suficientes para barrar o processo. "Não vou falar de números porque não posso entregar o ouro para o bandido, literalmente", disse. "Há inclusive parlamentares que são de partidos de oposição que virão conosco porque eles percebem que hoje é contra Dilma Rousseff; amanhã pode ser contra qualquer outro", completou.

Até a noite desse sábado, 16, a então ala governista do PP contava que poderia entregar 11 dos 45 votos a favor do governo, na votação que começa às 14 horas de hoje: Adail Carneiro (CE), Macedo (CE), Beto Salame (PA), Waldir Maranhão (MA), Dudu da Fonte (PE), Roberto Britto (BA), Ronaldo Carletto (BA), Cacá Leão (BA), Mário Negromonte (BA), Paulo Maluf (SP) e Franklin Lima (MG).

"Existe uma parcela de deputados indecisos que ponderam nossos argumentos. A definição vai se dar à tarde, na hora da votação. A oposição tenta fazer uma guerra de comunicação, tenta fazer um movimento de já ganhou, mas eles sabem que não tem os votos suficientes para aprovar o impeachment", afirmou.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação