Paulo de Tarso Lyra
postado em 17/04/2016 14:40

A votação do processo de impeachment de Dilma Rouseff teve bate-boca e tumulto pouco tempo depois de começar, no Plenário da Câmara. Parlamentares favoráveis ao afastamento estavam em pé atrás da mesa diretora da casa, enrolados em bandeiras do Brasil e com faixas escritas: ;Impeachment já; e ;Tchau, querida;, em alusão à despedida feita pelo ex-presidente Lula à Dilma em uma das ligações telefônicas grampeadas pela Justiça Federal.
[SAIBAMAIS]Parlamentares aliados ao planalto questionaram a pena e pediram a Cunha que os demais deputados se retirassem. "Eu não vou impedir que deputados se posicionem em qualquer ponto do plenário", disse o presidente da Casa. Parlamentares governistas decidiram, então, também subir à tribuna para dividir espaço com os oposicionistas. Vários bate- bocas surgiram envolvendo especialmente os deputados Paulo Texeira (PR-SP) e Orlando Silva (PCdoB-SP). Cunha, que já havia dito aos defensores de Dilma que "eles não ganhariam no grito", acabou pedindo para que todos descessem da tribuna para retomar seus lugares no plenário, permanecendo apenas os integrantes da mesa diretora.
O presidente da Câmara também decidiu manter a segunda chamada de votação dos deputados logo após a conclusão da primeira chamada no respectivo Estado. Gerando descontentamento entre os governistas.