O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), alertou que a segunda chamada para a votação dos parlamentares ausentes será feita somente a partir do término dos pronunciamentos dos representantes de cada estado e não no fim da votação.
[SAIBAMAIS];Segunda chamada é um critério que a presidência (da Câmara) pode fazer ou não. Vamos no próprio estado e chamar (os deputados) do estado. Terminou, e se tiver um ausente, a gente volta a chamar no próprio estado. Se alguém está procurando se ausentar para votar no fim do resultado, vai perder o seu tempo;, explicou Cunha a jornalistas, neste domingo (16/04), minutos antes de entrar no Plenário da Casa para abrir a sessão para votação de apreciação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. De acordo com o presidente da Câmara, a votação deverá terminar por volta das 21h30 e 22h00.
Ao ser questionado sobre como ele votaria hoje, Cunha informou que pretende votar na ;ordem natural;, quando forem falar os representantes do Rio de Janeiro. ;Vou levantar e votar como qualquer parlamentar;, disse, acrescentando que o voto dele será declarado apenas no momento da votação. ;Na hora vocês verão;, disse.
Leia mais notícias em Política
Na avaliação do presidente da Câmara, esse processo chegou a esse momento por duas razões. ;Primeiro, existe efetivamente uma denúncia para a abertura de um processo de crime de responsabilidade. O que levou a esse processo é a existência do crime de responsabilidade que estão abrindo processos para se julgar depois. E, em segundo lugar uma continuidade de atos que levaram a ser o recorde de protocolos de pedidos de impeachment na história do país;, disse.
Cunha acrescentou que recebeu 50 pedidos de impeachment da presidente Dilma e já rejeitou 39 e aceitou um. ;Existem dez (processos) para serem despachados;, afirmou ele, negando mais uma vez qualquer vingança dele contra a chefe do Executivo para a abertura do processo de impeachment, como aleta a defesa. ;O Conselho de Ética só votou (a abertura do processo de cassação de Cunha) 13 dias depois da aceitação do processo (do impeachment de Dilma);, completou.