Paulo de Tarso Lyra
postado em 17/04/2016 17:31
O deputado Ricardo Tripoli (PSDB-SP) aposta na aprovação do impeachment com um placar entre 350 a 360 votos. Para ele, a marca poderá ser maior, caso o afastamento da presidente se consolide mais cedo.
Tripoli, que disputou as últimas duas últimas prévias do partido para a prefeitura de São Paulo, acredita que o PSDB não deve aderir, em um primeiro momento, a um possível governo Michel Temer. Ele coloca algumas condições para que isso ocorra: enxugamento dos ministérios; uma proposta de reforma política que diminua o número de partidos; um plano de governo transparente e a formação de ministérios denotáveis. "O PSDB só discutirá esta questão se houver uma pauta mínima de governabilidade", disse Tripoli.
Questionado sobre as divisões internas do partido, uma vez que há parlamentares, como o senador José Serra (SP), que defendem a adesão imediata, e outros ligados ao presidente da legenda, como o senador Aécio Neves (MG), que pedem cautela em um primeiro momento, Tripoli defendeu que o partido não fique dividido neste debate. "Qualquer decisão desta natureza deverá passar obrigatoriamente pela direção partidária", afirmou Tripoli.