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Ministro licenciado afirma que impeachment é forjado; Piauí vota dividido

O Piauí ficou dividido com 5 votos a favor e 5 contrários à continuidade do processo de afastamento da presidente Dilma Rousseff

postado em 17/04/2016 21:47
Ministro da Saúde licenciado para voltar à Câmara dos Deputados e votar no processo de impeachment, Marcelo Castro (PMDB-PI) ajudou a equilibrar o placar do estado. O Piauí ficou dividido com 5 votos a favor e 5 contrários à continuidade do processo de afastamento da presidente Dilma Rousseff.

;Isto não é uma votação direta. É um processo de impeachment. E para isto pressupõe que haja crime de responsabilidade. A presidente Dilma não descumpriu nenhuma lei do país. É uma pessoa digna, honesta. Não há crime nenhum. Todo este processo é artificial. É crime forjado. É falso;, esbravejou no plenário.


[SAIBAMAIS]No estado, Dilma poderia contar com um voto a mais, que seria o da deputada Iracema Portella (PP), que, por imposição partidária, anunciou, contrariada, o voto favorável ao processo. ;Com sentimento de tristeza, voto sim;, declarou.

Com um placar que, no total, já somam 269 votos favoráveis e 94 contrários, 4 abstenções e 2 ausências, o governo segue menos otimista. Entre outras bancadas menores, como a do Espírito Santo, o número de votos sim chegou a 8 contra 2. No Rio Grande do Norte, que tem 8 deputados, os votos favoráveis foram majoritários, com resultado de 7 e apenas 1 contrário.

A votação está ocorrendo individualmente. Conforme determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), em sessão na última sexta-feira (15), a votação seguirá conforme o regimento interno da Câmara com chamada alternada de deputados da Região Norte para a Sul.

Ainda faltam seis estados, incluindo Minas Gerais, que é a segunda maior bancada com 53 parlamentares. A aprovação do processo depende do voto de 342 deputados (2/3 dos 513) a favor do parecer do deputado Jovair Arantes (PTB-GO), que recomenda a abertura de processo contra Dilma, por considerar que houve crime de responsabilidade da petista por editar decretos de crédito suplementares sem autorização do Congresso e pelo atraso de pagamentos que ficou conhecido como pedaladas fiscais. Se o processo for admitido, o julgamento da presidenta será conduzido pelo Senado.

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