Politica

Jaques Wagner considera votação de impeachment um 'retrocesso'

Naira Trindade
postado em 17/04/2016 23:39

O ministro-chefe do Gabinete da Presidência, Jaques Wagner, considerou um atraso a abertura de pedido impedimento contra Dilma Rousseff. "Foi um retrocesso a instauração de processo de impeachment da presidente, eleita por 54 milhões de votos e sem nenhum processo e crime de responsabilidade. De modo que a decisão da Câmara ameaça interromper 30 anos de democracia no país;, disse Wagner.


"Digo que é um retrocesso, porque se trata de um impeachment orquestrado por uma oposição que não aceitou a derrota nas últimas eleições, e que não deixou a presidenta governar, boicotando suas iniciativas e a retomada do desenvolvimento do país", continuou, criticando que os parlamentares se esqueceram das "melhorias do governo". "Os deputados fecharam os olhos às melhorias dos últimos 12 anos, aos avanços, à inclusão social, índices históricos de crescimento econômico e à redução da pobreza".

O ministro deposita todas as fichas no Senado, que vai analisar o processo a apartir de agora. "Caberá ao Senado processar e julgar a presidente, que continua no cargo até o final do julgamento. Confiamos nos senadores e esperamos que seja dada maior possibilidade para que ela apresente sua defesa, e que lhe seja aplicada justiça. Acreditamos que o Senado, que representa a federação, possa observar com mais nitidez as acusações contra a presidenta, uma vez que atingem também alguns governadores de estado;, afirmou.

Um levantamento do Palácio do Planalto informa que 16 dos 27 governadores dos estados já cometeram pedaladas fiscais. Apesar da confiança do Planalto no Senado, estatísticas têm mostrado placares negativos para o governo. O ministro espera ainda que o Senado avalie melhor as sustentações jurídicas do processo. Para Jaques, ;foi uma página triste virada pelos deputados que concordaram com argumentos frágeis e sem sustentação jurídica do relatório do deputado Jovair Arantes;.

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