postado em 18/04/2016 16:09
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), entregou, nesta tarde de segunda-feira (18/4), o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). O processo foi votado e admitido ontem na Câmara e agora segue para ser apreciado pelos senadores.
[SAIBAMAIS]O encontro entre os dois ocorreu no gabinete de Renan. Os documentos do processo, que contam com 36 volumes e 11 anexos, foram entregues por um servidor da Câmara na Secretaria Geral da Mesa. ;Eu vim formalmente fazer uma visita ao presidente do Senado, comunicar a ele a entrega (do processo de impeachment) e a partir de agora o condutor do processo é o Senado;, disse Cunha após breve reunião com Renan.
Ao entregar o processo, o presidente da Câmara disse que, assim como Calheiros não comentou o processo dos deputados, ele não comentaria no Senado. Após a entrega, no entanto, ele ressaltou a importância de haver celeridade no trâmite. ;A partir do momento que a Câmara autorizou a abertura dele, a demora é prejudicial ao país porque você está com um governo que é um meio governo a partir de ontem. Ou ele vira de novo o governo, ou deixa de ser governo;, afirmou.
Já Renan afirmou que o processo da Câmara será lido na sessão de terça-feira no Senado. Ele negou, no entanto, que irá ceder a quaisquer pressões para acelerar o trâmite. ;Temos pessoas que pedem par agilizar o processo, mas não poderemos agilizar de tal foram que pareça atropelo ou delongar de tal forma que pareça procrastinação;, disse.
Renan também afirmou que nesta terça-feira haverá uma reunião entre senadores para definir quantos membros cada partido terá na comissão especial do impeachment, que terá, no total, 21 membros. O senador petista Lindbergh Farias (PT-RJ), afirmou que seu partido irá indicar o seu nome para a comissão junto com Humberto Costa (PT-CE) e Gleisi Hoffman (PT-PR).