Politica

Temer caminha à presidência pressionado por retomada do crescimento

Discreto e habilidoso na arena política, o peemedebista vem sendo cobrado para cumprir agenda urgente

Paulo de Tarso Lyra
postado em 19/04/2016 07:01
Articulador: atuação em momentos de crise, como o massacre do Carandiru e a Reforma da Previdência do governo Fernando Henrique

Um interlocutor de longa data do vice-presidente Michel Temer, instado sobre as razões que poderiam fazer com que um possível governo do peemedebista dê certo neste momento de crise vivida pelo país, resumiu a expectativa em uma comparação: ;Ele é o avesso da presidente Dilma Rousseff. Talvez seja isso que o Brasil esteja precisando neste momento;. A frase pronunciada não levaria em conta a questão de competência de Temer em comparação à petista. Está em questão o temperamento: ;Ele dialoga, não grita, compõe, articula;, enumerou o aliado. Características que ficaram patentes, ao longo destes seis anos e quatros meses, não são o forte de Dilma Rousseff.

[SAIBAMAIS]Temer vem sendo cobrado, expressamente, a tomar medidas urgentes, especialmente na área econômica, para retomar o emprego e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). ;Temer também tem uma característica própria: não age por impulso. Há quem duvide que ele tome decisões espalhafatosas e espetaculares em um primeiro momento;, completou o deputado federal Darcísio Perondi (PMDB-RS).



Novamente presidente do PTB, o ex-deputado Roberto Jefferson (RJ), disse que, como bom articulador que é, Temer deverá estabelecer um diálogo diretamente com a sociedade e com os trabalhadores, mostrando que os ajustes fiscais serão necessários, mas que não serão retiradas garantias essenciais. Mas como fazer isso, se a Central Única dos Trabalhadores (CUT) estará na oposição? ;Temer terá a Força Sindical ao seu lado;, resumiu Jefferson.

Apesar de não ser um político reconhecidamente bom de palanque ; o melhor desempenho eleitoral ocorreu em 2002, quando foi eleito deputado com pouco mais de 250 mil votos ;, Temer sempre se caracterizou pelas articulações nos bastidores. Ele completará 76 anos em setembro, mês previsto para o término do processo de impeachment no Senado. Mas, se todos os trâmites forem cumpridos, o peemedebista assumirá a Presidência em meados de maio, quando a admissibilidade do processo será analisada pelos senadores, bastando, para isso, o apoio de 41 dos 81 senadores.

A matéria completa está disponível aqui, para assinantes. Para assinar, clique aqui.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação