A Comissão de Ética Pública da Presidência da República rejeitou e encerrou a denúncia que havia no colegiado contra o Advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo. A seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Brasília denunciou o ministro alegando que ele fez a defesa partidária e política da presidente Dilma Rousseff. Ele foi empossado ministro em 29 de fevereiro.
A acusação foi rejeitada ontem (18/4) no voto da relatora Suzana Camargo Gomes, ex-desembargadora da 2; Região em São Paulo, e acompanhada por todos os outros cinco conselheiros que votaram. A comissão acatou a representação apresentada pela OAB em 28 de março.
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[SAIBAMAIS] O colegiado analisa também outra denúncia contra o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. A representação foi feita pelo líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB) e se refere a um acordo que Mercadante teria tentado fazer para evitar que o senador Delcídio do Amaral fizesse acordo de delação premiada. O ministro aparece em áudio gravado pelo ex-assessor de Delcídio, Eduardo Marzagão, oferecendo ajuda ao senador.
O relator do caso na comissão, Antonio Lacombe, pediu mais informações à Procuradoria-Geral da República (PGR). Uma vez que chegue a resposta, que não tem prazo para ser dada, Mercadante terá 20 dias para apresentar a defesa. O ministro da Educação disse ter conversado com Marzagão em "solidariedade". Delcídio, porém, afirma que eles eram desafetos. O senador alegou que Mercadante foi até ele como emissário de Dilma para evitar a delação.