Agência Estado
postado em 21/04/2016 12:26
Cerca de 80 manifestantes do movimento Levante Popular da Juventude fizeram um ato na manhã desta quinta-feira, 21, em frente à residência, em São Paulo, do vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB-SP). Observados por cerca de 25 seguranças da Vice-Presidência e 10 policiais militares, eles picharam "QG do Golpe" no chão em frente à casa. Eles espalharam cópias coloridas da capa da Constituição Federal, fotos do vice com a inscrição "Golpista" e cópias de notas de 100 dólares estampadas com a imagem do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).Um dos manifestantes fez uma espécie performance com a máscara de Michel Temer na qual simulou rasgar a Constituição. Os jovens cantavam palavras de ordem entre elas "Vazou áudio, vazou imagem, vaza Temer".
"Viemos aqui denunciar que Temer está fazendo uma conspiração e um golpe contra a democracia", afirmou Larissa Sampaio, coordenadora do movimento. "No fundo, se articulou nos bastidores um projeto de poder conservador do PMDB e PSDB que tem um fundo liberal que já conhecemos no passado e que pretende reinstalar no Brasil ações como privatização de empresas públicas e retirada dos direitos dos trabalhadores."
Natural do Ceará, Larissa tem 27 anos e estuda Direito na FMU em São Paulo. "Eu pensei que a minha geração faria a revolução. Contudo, o que estamos vendo é um retrocesso da democracia no Brasil", comentou.
Para Thiago Pacheco, um dos participantes do protesto, o grupo deve continuar uma jornada de manifestações pacíficas para "deixar claro à sociedade o golpe que está em curso no País".
O movimento Levante Popular da Juventude programou fazer manifestações nesta quinta em São Paulo e no Ceará. No cronograma de ações, eles pretende, de hoje até 27 de abril, continuar fazendo manifestações nas principais na cidade do País "Vamos participar das manifestações do dia 1; de Maio junto com as instituições e partidos contrários ao impeachment da presidente Dilma para reforçar à população que não vai ter golpe", disse Larissa.
Os estudantes ficaram por volta de uma hora em frente à casa do vice e não houve nenhum tipo de confusão. (Ricardo Leopoldo - ricardo.leopoldo@estadao.com)