Rosana Hessel
postado em 22/04/2016 13:06
Foz do Iguaçu (PR) ; Parlamentares da oposição acreditam que a presidente Dilma Rousseff teve um ;lampejo de bom senso; ao fazer um discurso mais comedido na abertura da Assembleia da Organização das Nações Unidas (ONU), nesta sexta-feira (22/04), em Nova York. ;O discurso (de Dilma) teve uma dosagem de bom senso. Acho que no epílogo do mandato dela, ela teve um momento de lucidez não fazendo da tribuna da ONU um palanque eleitoral;, avaliou o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), líder do partido no bloco da oposição no Senado Federal.
[SAIBAMAIS]Para o parlamentar, que participa do 15o Fórum do Grupo de Líderes Empresariais (Lide), em Foz do Iguaçu (PR), a chefe do Executivo recuou e foi mais comedida quando começaram a surgir reações negativas o que ela diria na ONU. ;Seria um desserviço que ela faria ao Brasil, muito mais grave além de todos os que ela já praticou para imagem internacional do país. Foi um lampejo de bom senso;, completou.
O senador José Agripino (DEM-RN), líder do bloco da oposição no Senado, também avaliou que Dilma recuou. ;O discurso da presidente, diante da expectativa que se criou, de que iria contestar o processo, foi um tiro de traque (de festim);, resumiu. ;Na medida em que os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) se manifestaram sobre a legalidade do processo e da constitucionalidade do andamento do processo de impeachment, ela percebeu que falaria no vazio;, avaliou. Para ele, Dilma iria ;pregar uma tese de golpe e colocar-se como injustiçada; para um público que não a conhece.
Cunha Lima lembrou que, o fato de Dilma apresentar defesa no processo contra ela na Câmara dos Deputados e contestar a indicação feita por ele de o senador tucano Antonio Anastasia (MG) ser o relator do mesmo processo no Senado, dá legitimidade ao que ela chama de golpe. Para Agripino, Anastasia é uma escolha ;acima de qualquer suspeita; para ser relator do processo contra Dilma. ;Ele qualifica o processo e o PT não que se manifestar contra;, concluiu. Segundo ele, a oposição já tem maioria para a aprovação da admissibilidade do processo, de deverá ser votado em plenário até o dia 11 de maio.