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Governo estuda ir ao Supremo se perder em comissão do Senado

Nos bastidores o comentário no Palácio do Planalto é que Dilma não tem chance nessa primeira etapa do processo no Senado e já estudam estratégias para o julgamento final



A intenção do governo, agora, é juntar tudo o que considera "atropelo" à lei por parte de Cunha para argumentar que há vícios no processo de impeachment e tentar enterrá-lo. "Na autorização da denúncia pela Câmara ninguém debateu o crime pela qual a presidente era acusada. Além disso, nas razões dos votos dos parlamentares, houve até quem citasse pedaladas de 2014", afirmou Cardozo, ao lembrar que o processo se refere apenas a atos de 2015.

Tribunal

Em outra frente, o governo e o PT planejam criar uma espécie de tribunal internacional paralelo, para acompanhamento do processo, com a participação de juristas do mundo inteiro. Lindbergh disse que o tribunal pode reunir 8 mil estudiosos do Direito. "A intenção é desmascarar a fraude e o golpe no País", afirmou.

Os governistas vão questionar formalmente nesta segunda, 25, durante a eleição dos integrantes da Comissão Especial, a escolha do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) como relator. Lembrarão que o tucano, aliado de Aécio Neves (PSDB-MG), é de um partido declaradamente interessado no impeachment de Dilma e que a escolha de relatores teria de respeitar o critério do tamanho das legendas, e não dos blocos partidários.