Politica

34% da população crê que "dá na mesma se um regime é democrático ou não"

Pesquisa do Ibope divulgada nesta segunda-feira (25/4) mostrou ainda que, para 15% da população, "um governo autoritário pode ser preferível a um democrático em algumas circunstâncias"

Fernando Jordão - Especial para o Correio
postado em 25/04/2016 21:05

Marcha da Família com Deus pela Liberdade, em São Paulo. O ato realizado em 2014 foi uma reedição da marcha que ocorreu em 1964, apoiando a deposição do presidente João Goulart e a ditadura militar.

Pesquisa divulgada pelo Ibope nesta segunda-feira (25/4) mostra que 34% da população acredita não haver grandes diferenças entre um governo democrático e um regime autoritário. O instituto ouviu 2.002 pessoas de 342 cidades, entre 14 e 18 de abril. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Durante a pesquisa, os entrevistados tinham que responder com qual frase estavam mais de acordo. ;A democracia é preferível a qualquer outra forma de governo; recebeu 40% dos votos. Outros 34% crêem que ;para as pessoas em geral, dá na mesma se um regime é democrático ou não;. Uma parcela mais radical ; correspondente a 15% ; acredita que ;em algumas circunstâncias, um governo autoritário pode ser preferível a um governo democrático;. Os 11% restantes não sabem ou não quiseram responder.

Os entrevistados também foram questionados sobre o nível de satisfação com o funcionamento da democracia no Brasil. Quase metade (49%) disse estar ;nada satisfeito;. Os ;pouco satisfeitos; somaram 34%. Apenas 12% se mostraram ;satisfeitos; e 2% consideraram estar ;muito satisfeitos;. Outros 3% não souberam ou não quiseram responder.

Solução para a crise
A pesquisa mostra ainda que 62% dos brasileiros são favoráveis à realização de novas eleições como maneira de superar a crise política. ;Dilma continuar seu mandato com um novo pacto entre governo e oposição; é a melhor saída para 25% dos entrevistados. Apenas 8% consideram que a solução é o vice-presidente, Michel Temer, assumir a Presidência. Outros 2% não concordam com nenhuma dessas alternativas e 3% não souberam ou não quiseram responder.

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