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Lava-Jato: Delegado diz que ministro deve ter compromisso contra corrupção

As críticas do advogados se referem ao advogado Antônio Claudio Mariz de Oliveira que pode chefiar o Ministério da Justiça num possível governo Temer



A condução da Lava Jato pelo juiz federal Sérgio Moro já foi objeto de elogios, no início das investigações, em março de 2014, e, nesta fase atual, começou a receber críticas de vários juristas do País. As desaprovações se avolumaram no dia em que o magistrado autorizou a condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em sala do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. A medida foi vista por vários acadêmicos da área como desnecessária. Mas antes que Lula fosse levado a depor sob transmissão televisiva de todo o País, a operação já chegara a ser alvo de divergências entre juristas pelo volume das delações premiadas, das coercitivas e pelas frequentes aparições públicas de Moro.

"Seu senso de heroísmo está equivocado. O juiz-herói é aquele que tem a coragem da discrição, a obsessão com a imparcialidade. Aquele que não negocia direitos fundamentais mesmo quando estes atrasam a investigação. O desafio é impedir que a Lava Jato naufrague, e que não desperdice mais uma vez a oportunidade histórica", declarou ao professor da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, Conrado Hubner Mendes.

Em outras frentes, Moro foi ovacionado. Nos protestos de rua de março contra o governo Dilma, o juiz foi tratado como herói por alguns manifestantes na Avenida Paulista.