Politica

Wagner recebe carta de senadores pedindo apoio de Dilma a novas eleições

A proposta feita na carta já está sendo discutida pelo Palácio do Planalto. A equipe da presidente Dilma, no entanto, sempre avaliou que a proposta de antecipar as eleições não deveria partir formalmente do governo

Agência Estado
postado em 28/04/2016 11:39
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) entregou nesta quinta-feira, 28, ao ministro Jaques Wagner carta de duas páginas pedindo à presidente Dilma Rousseff apoio para uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que prevê a antecipação de eleição presidencial para outubro. Em entrevista após o encontro, o senador relatou que a proposta foi apresentada na quarta-feira, 27, ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e hoje deverá ser discutida por Wagner e Dilma. A carta é assinada por 11 senadores.

"É do mais alto cargo da República que deve vir o apoio decisivo a essa proposta (...), que tem o condão de unificar o País para sairmos do impasse que paralisa a economia e impõe incertezas ao Brasil e aos brasileiros pelo que se desenha no processo de impeachment, que se arrasta no Congresso Nacional e pode agravar ainda mais esse cenário", destaca um trecho da carta. "Apelamos à Vossa Excelência em favor de uma posição altiva de apoio a uma saída da crise pelo voto popular, para que se reconheça a gravidade do momento e se coloque à disposição do povo brasileiro, acatando soberana decisão do Congresso Nacional pela convocação de novas eleições presidenciais", acrescenta.



Na entrevista, Randolfe disse que o objetivo da proposta não é protelar o processo de impeachment. Ele disse ainda que há espaço em setores do Congresso para propor à presidente que, por meio de um projeto de resolução, sugira um referendo simultâneo às eleições municipais de outubro sobre a continuidade ou não do mandato de Dilma.

A proposta feita na carta já está sendo discutida pelo Palácio do Planalto. A equipe da presidente Dilma, no entanto, sempre avaliou que a proposta de antecipar as eleições não deveria partir formalmente do governo, que demonstraria assim fraqueza no atual processo do impeachment.

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