Já no início da sessão da comissão especial do impeachment, nesta quinta-feira, 28, o relator do processo, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), rejeitou os requerimentos de senadores governistas, que requisitavam documentos a órgãos públicos que poderiam servir de prova contra a acusação de pedaladas.
Anastasia alegou que diligências e documentos novos não devem ser apresentados ou analisados nesta fase do processo, em que a comissão discute apenas a admissibilidade da denúncia enviada pela Câmara. Em seu entendimento, novos documentos devem ser analisados apenas no julgamento.
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Os governistas pedem notas taquigráficas, certidões de decreto de créditos suplementares e comprovações se subvenções do Plano Safra contemplam ato assinado pela presidente.
[SAIBAMAIS]"Queremos demonstrar que não houve participação da presidente, que não houve crime, por isso pedimos para apresentar essas certidões. Nos impedir de trazer esses documentos é cercear o nosso direito de defesa", afirmou o senador Lindbergh Farias (PT-RJ).
Com a negativa do relator, os governistas pediram que os requerimentos fossem postos em votação. Para garantir, entretanto, maiores chances de aprovar os pedidos, agora eles pedem que a votação seja realizada somente após a apresentação dos denunciantes, autores do pedido de impeachment.
Como os governistas estão em minoria, a estratégia é fazer a votação apenas mais tarde, com menos senadores presentes e com a possibilidade de conseguirem maioria. Os governistas representam apenas 5 dos 21 membros da comissão.