Naira Trindade
postado em 03/05/2016 11:14
Ao dar a largada na corrida da tocha olímpica no Brasil, a presidente Dilma Rousseff ; que enfrenta um processo de impeachment no Congresso ; afirmou que a crise política não afetará a celebração do grande evento esportivo no país. ;A tocha olímpica será recebida com alegria em todas as cidades do nosso imenso Brasil. Em todas essas cidades por onde passar vai deixar claro que a Olimpíada se dá em cada canto desse país;, ressaltou Dilma. Leia mais notícias em Política
;Sabemos as dificuldades políticas que existem em nosso país hoje. Conhecemos a instabilidade política. O Brasil será capaz de, mesmo convivendo com um período dificil, muito difícil, verdadeiramente crítico, da nossa história e da história da democracia do nosso País, saberá conviver porque criamos todas as condições para isso, com a melhor recepção de todos os atletas e de todos os visitantes estrangeiros;, afirmou minutos antes de acender a tocha.
Ao mencionar os momentos de crise, Dilma ainda alegou que o povo saberá ;defender a democracia;. ;Tenho certeza que um país cujo povo sabe lutar pelos seus direitos e que preza e sabe proteger sua democracia é um país onde as Olimpíadas terão o maior sucesso nos próximos meses;. ;Nós sabemos que o que vale, como disse o Thiago (atleta olímpico), o que vale é a luta. E nós sabemos lutar;.
A presidente ressaltou a dedicação do governo na preparação dos atletas brasileiros e que o legado ficará para as próximas gerações. ;A cidade do Rio de Janeiro receberá, como legado, um importante conjunto de obras de mobilidade, que irão facilitar muito o deslocamento pela cidade dos cariocas e dos milhões de turistas que visitam a cidade maravilhosa, e isso, sem dúvida nenhuma, ficará de legado para a população do Rio e do Brasil;.
Dilma lembrou ser a presidente do primeiro país da América Latina a sediar jogos olímpicos. Porém, enfrentando um processo de impeachment no Senado, a petista deve estar afastada do governo quando os jogos acontecerão. Se derrotada no processo de impeachment do Senado, na próxima semana, Dilma ficará até 180 dias afastada para o julgamento do mérito do processo.
A presidente acendeu a tocha e a entregou a bicampeã olímpica Fabiana, do vôlei, que desceu a rampa do Palácio do Planalto dando início ao revezamento. O fogo foi aceso em 21 de abril, em cerimônia realizada na cidade grega de Olímpia. Dilma não participou da cerimônia na Grécia. O revezamento da tocha no Brasil vai durar três meses e se encerrará em 5 de agosto, no Rio de Janeiro.
;A partir de hoje, a tocha olímpica será conduzida por milhares de brasileiras e milhares de brasileiros em uma jornada épica por todo o território nacional. Uma viagem que vai percorrer 330 municípios em todos os estados e que só terminará lá em cinco de agosto, quando a pira olímpica for acesa no Maracanã, no Rio de Janeiro, capital dessas Olimpíadas;, afirmou a presidente.
Primeiro a discursar, o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, exaltou a ;missão histórica; da chama olímpica e pediu união ao país. ;A chama olímpica chega à sua nova casa, o Brasil. Ela traz da Grécia um sentimento de união, inclusão e paz. A missão histórica da chama é promover a trégua, convocar a população para os Jogos que estão chegando. O Rio está pronto para entrar para a história, e o Brasil, pronto para receber o mundo;, disse.
O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, enalteceu a emoção trazida pela chegada da tocha. ;São esses sonhos que nos movem, acalentados na força da esperança;, afirmou. ;A partir de hoje, Brasília, o Rio de Janeiro e o Brasil são uma casa só. Uma família chamada humanidade;. Já o nadador Thiago Pereira ; que está na quarta olimpíada ; alegou que vai ;lutar muito, nadar muito, correr muito, jogar muito, brigar por cada gota de suor e cada milésimo de segundo para alcançar o melhor resultado para o nosso Brasil;.