Politica

Relatório de Antonio Anastasia sobre pedido de impeachment será lido hoje

Segundo o cronograma previsto na comissão, a leitura do relatório será feita sem interrupções dos senadores

Natália Lambert
postado em 04/05/2016 07:50
Segundo o cronograma previsto na comissão, a leitura do relatório será feita sem interrupções dos senadores
Mesmo com o resultado esperado pela admissibilidade do processo, integrantes da comissão especial do impeachment no Senado conhecerão somente nesta quarta-feira (4/5), a partir de 13h30, o teor do relatório do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG). Alvo de questionamentos constantes por parte de governistas, o parlamentar mineiro lerá hoje o parecer do pedido de afastamento da presidente Dilma Rousseff. Anastasia deixou a comissão para se dedicar ao relatório e avisou que viraria a noite para concluir o documento. ;Deus me ajudará. Me dará forças;, disse.

[SAIBAMAIS]Segundo o cronograma previsto na comissão, a leitura do relatório será feita sem interrupções dos senadores. O debate sobre o parecer ocorrerá amanhã, mesmo dia em que será dada nova oportunidade para a defesa de Dilma se pronunciar. Até o início da noite de ontem, o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, ainda não havia confirmado presença. Nos últimos sete dias de funcionamento da comissão, Anastasia manteve uma postura serena e pacífica, mesmo com os constantes questionamentos da base governista. Todas as questões de ordem foram derrubadas.

Ontem, estiveram no colegiado três especialistas para defender a presidente: o professor de direito financeiro da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) Ricardo Lodi Ribeiro; o professor de direito processual penal da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Geraldo Luiz Mascarenhas Prado; e o ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Marcello Laven;re. Na segunda-feira, se manifestaram outros três especialistas convocados pela acusação.



O ex-presidente da OAB foi o autor do pedido de impedimento do ex-presidente Fernando Collor de Mello, em 1992. ;(Agora) não há crime nenhum;, afirmou. Laven;re recorreu a uma comparação histórica para demonstrar as diferenças. ;O enforcamento de Tiradentes e o de líderes nazistas (durante a segunda Guerra Mundial) podem aparentemente se apresentar como a mesma coisa. Mas é exatamente a diferença radical entre o impeachment de Collor e o impeachment de Dilma;, ressaltou.

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