Naira Trindade
postado em 06/05/2016 10:35
Numa agenda acelerada de lançamentos de programas nos prováveis últimos dias de governo, a presidente Dilma Rousseff contratou, nesta sexta-feira (6/5), 25 mil casas do Programa Minha Casa, Minha Vida Entidades em cerimônia no Palácio do Planalto.
Primeira a falar, a ministra das Cidades, Inês Magalhães, não serão permitidos retrocessos numa eventual mudança de governo. ;Esse programa não tem volta, vamos continuar lutando por um país melhor;, disse.
Para a representante da União Nacional por Moradia Popular, Evaniza Rodrigues, os beneficiários do programa não devem nada aos líderes comunitários ou sequer a presidente: ;Moradia não é mercadoria, é um direito social. Não vamos admitir retrocesso;, afirmou.
Criado em 2009, o programa ligado à Secretaria Nacional de Habitação do Ministério das Cidades, visa tornar a moradia acessível às famílias organizadas por meio de cooperativas habitacionais, associações e demais entidades privadas sem fins lucrativos.
O programa é dirigido a famílias de renda familiar mensal bruta de até R$ 1,8 mil e estimula o cooperativismo e a participação da população como protagonista na solução dos seus problemas habitacionais.
Na noite de quinta-feira, em entrevista transmitida pela emissora latinoamericana TeleSUR, a presidenta voltou a dizer que não cometeu nenhum crime de responsabilidade e que, portanto, o pedido de impeachment não tem base jurídica.
;Não estão me acusando de um crime de corrupção porque eu não o cometi. Não tenho contas bancárias no estrangeiro, não tenho processos por tirar vantagens de qualquer forma do governo. Se trata de uma discussão sobre contas públicas e esse tipo de questão administrativa, sem crime de responsabilidade, não é base para tirar uma presidente da República eleita. Este impeachment é um golpe de estado;, disse.