Politica

Lava-Jato: Janot denuncia Gleisi Hoffmann e Paulo Bernardo ao STF

Procurador-geral da República acusa o casal de corrupção passiva e lavagem de dinheiro

postado em 07/05/2016 11:46

Gleisi Hoffmann integra a comissão que avalia o processo de impeachment de Dilma Rousseff no senado

Como parte da operação Lava-Jato, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), o marido dela, o ex-ministro Paulo Bernardo, e o empresário Ernesto Kugler ao STF. A acusação de Janot contra o trio é de corrupção passiva e lavagem de dinheiro na campanha de Gleisi ao Senado, em 2010.

A denúncia segue para a Segunda Turma do Supremo. Se o tribunal receber a denúncia, a senadora e o ex-ministro viram réus na ação penal.

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Em nota, a defesa da senadora disse que reagiu à denúncia com "inconformismo", pois "todas as provas que constam no inquérito comprovam que não houve solicitação, entrega ou recebimento de nenhum valor por parte da Senadora."

Já Paulo Bernardo, também via nota, disse que as acusações de Janot "baseiam-se em declarações contraditórias e inverossímeis. Não houve qualquer envolvimento dele (Paulo Bernardo) com os fatos narrados na denúncia. Demonstraremos isso com veemência e acreditamos que a denúncia não pode ser recebida."

Nota divulgada pela defesa de Gleisi Hoffmann

"É com inconformismo que recebemos a notícia de que o PGR apresentou denúncia em desfavor da senadora Gleisi Hoffmann.

Todas as provas que constam no inquérito comprovam que não houve solicitação, entrega ou recebimento de nenhum valor por parte da Senadora. A denúncia sequer aponta qualquer ato concreto cometido. Baseia-se apenas em especulações que não são compatíveis com o que se espera de uma acusação penal.

São inúmeras as contradições nos depoimentos dos delatores que embasam a denúncia, as quais tiram toda a credibilidade das supostas delações. Um deles apresentou, nada mais, nada menos, do que seis versões diferentes para esses fatos, o que comprova ainda mais que eles não existiram.

Ao apagar das luzes, depois de um ano e meio da abertura do inquérito, uma terceira pessoa aparece disposta a dizer que teria realizado a suposta entrega de valores, numa nova versão que foge de qualquer raciocínio lógico. Vale lembrar que esta pessoa é amigo/sócio/ funcionário de Alberto Youssef, o que comprova ainda mais a fragilidade das provas e se vale do mesmo advogado de Alberto Youssef para fazer sua delação.

Rodrigo Mudrovitsch e Veronica Abdala Sterman"

Nota divulgada pela defesa de Paulo Bernardo

"As referências ao ex-ministro Paulo Bernardo na denúncia baseiam-se em declarações contraditórias e inverossímeis. Não houve qualquer envolvimento dele com os fatos narrados na denúncia. Demonstraremos isso com veemência e acreditamos que a denúncia não pode ser recebida.

Rodrigo Mudrovitsch e Verônica Sterman"

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