Agência Estado
postado em 08/05/2016 10:50
Formalmente longe do Senado, desde 1; de fevereiro de 2015, após não ser reeleito para outro mandato na Casa em 2014, Gim Argello acompanhava dos bastidores as movimentações do Congresso. Em outubro do ano passado, enquanto o Senado discutia em audiência pública a liberação da "pílula do câncer", Gim Argello teria proposto sociedade ao químico Gilberto Chierice, que desenvolveu a fosfoetanolamina sintética, para comércio da substância.
[SAIBAMAIS]O encontro entre Gim Argello e Gilberto Chierice teria ocorrido no escritório político do ex-senador, em Brasília. O pesquisador havia ido à capital federal participar de audiência pública no Senado, com outros especialistas, a convite do senador Ivo Cassol (PP-RO).
Em depoimento à Polícia Federal, em 27 de abril, Gilberto Chierice contou que, ao chegar no Aeroporto de Brasília, o carro que o esperava o levou ao encontro de Gim Argello.
"Quando eu chego no aeroporto, tem lá alguém que veio me buscar", contou o pesquisador. "Quando eu chego em Brasília tem uma caminhonete, uma condução me esperando. ;O senador mandou lhe buscar;. Saiu dali, foi pra um escritório, onde tinha um escritório de um ex-senador." Gilberto Chierice disse que o veículo não tinha nenhuma identificação. "Nos levou para conversar com esse senhor, eu não sabia do que se tratava. Esse Gim não sei o quê."
O delegado Nelson Edilberto Cerqueira perguntou ao pesquisador se era "aquele que foi preso recentemente". Gilberto Chierice disse que não havia reconhecido o ex-senador.
Gim Argello foi preso na Operação Vitória de Pirro, 28; fase da Lava Jato, em 12 de abril. A Polícia Federal investiga "tratativas ocorridas entre Jorge Gim Argello e o filho Jorge Gim Argello Junior", por meio da empresa HTS Gestão de Investimentos e Estudos Mercadológicos LTDA e os pesquisadores da substância fosfoetanolamina sintética, no período de outubro de 2015 a janeiro de 2016, ou seja, mesmo período da tramitação legislativa que resultou na publicação da Lei n; 13.269/16, em 13 de abril de 2016, que autorizou a produção e distribuição daquela substância sintética. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.