Politica

Grupo ocupa salão do Palácio do Planalto em protesto contra impeachment

Os manifestantes colocaram bandeiras contrárias ao impeachment nas vidraças. Os banheiros estão interditados

Naira Trindade
postado em 09/05/2016 14:10
Os manifestantes colocaram bandeiras contrárias ao impeachment nas vidraças. Os banheiros estão interditados
Um grupo de cerca de 150 pessoas de cinco movimentos populares ocupa o salão nobre Palácio do Planalto desde a cerimônia de lançamento de universidades federais, encerrada às 12h32 desta segunda-feira (9/5). Os manifestantes colocaram bandeiras contrárias ao impeachment nas vidraças. Os banheiros estão interditados.

A decisão de ocupar o Planalto foi fechada ontem pelos manifestantes. Eles trouxeram pacotes de bolachas e cobertores nas sacolas para poder permanecer após a cerimônia. Até um violão foi trazido pelos manifestantes. Neste momento, eles festejam a decisão do presidente interino da Câmara de anular a sessão de votação do impeachment.

Estão presentes os movimento União Nacional por Moradia Popular, Central dos Movimentos Populares, Movimento Nacional de Luta pela Moradia, Confederação Nacional das Associações dos Moradores e Movimento de Luta de Bairros e Favelas.



Mais cedo, durante a cerimônia, os manifestantes interromperam do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, para comemorar a decisão de Maranhão. A presidente Dilma Rousseff também reagiu ao ser informada da anulação. ;Eu soube agora, da mesma forma que vocês, apareceu nos celulares, que um recurso foi aceitado e que portanto o processo está suspenso;, afirmou.

;Eu não tenho essa informação oficial. Estou falando que não podia fingir que não estava sabendo da mesma coisa que vocês. Não é oficial, não sei as consequências, tenham cautela, porque vivemos uma conjuntura de manhas e artimanhas;, pediu direcionando a deputados, ministros e aos manifestantes que acompanhavam o evento.

A petista voltou a criticar o que tem chamado de golpe. ;Vou encerrando aqui, porque o que estou tentando fazer é o seguinte. Temos que saber que temos pela frente uma disputa dura, cheia de dificuldades. Peço encarecidamente aos senhores parlamentares uma certa tranquilidade para lidar com isso. É fundamental que a gente perceba que as coisas não se resolvem assim. Vai ter muita luta, muita disputa".

"É um golpe contra várias coisas que a democracia nos propiciou. Eleger o primeiro operário presidente, a primeira mulher. A minha disposição de lutar até o fim passa por ter clareza que agora, mais do que nunca, precisamos defender a democracia, lutar contra o golpe e esse processo extremamente irregular. Vamos ter uma pauta clara de luta e vamos confiar principalmente na força de todos nós juntos".

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