Agência Estado
postado em 09/05/2016 15:10
O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Edinho Silva, afirmou na tarde desta segunda-feira (9/5) que a decisão do presidente da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), de anular o processo de impeachment é de peso, tem repercussão e certamente foi tomada com embasamento. Silva enfatizou que o governo vai continuar debatendo o mérito do impeachment, uma vez que a decisão de Maranhão diz respeito ao mérito do processo na Câmara. O ministro cancelou o restante de sua agenda no Rio de Janeiro e voltará a Brasília para se juntar aos coordenadores políticos da presidente Dilma Rousseff.
"Estou cancelando minha agenda e voltando para Brasília. Não vi no que ele (Maranhão) fundamentou (a decisão), mas evidente que é uma decisão de peso, que tem repercussão e certamente ele tomou com embasamento. Mas independente do rito, nós vamos continuar questionando o mérito do pedido de impeachment", afirmou antes de um evento na Universidade Federal Fluminense, em Niterói, na região metropolitana do Rio.
"Não sei qual o encaminhamento do governo. Estou voltando a Brasília, para me integrar ao grupo de ministros que certamente vão debater sobre os próximos passos. Evidente que, se abre um processo de debate em relação ao pedido de impeachment; nós vamos utilizar esse espaço para aprofundar o debate sobre o mérito", disse o ministro. Silva argumentou que a decisão do presidente da Câmara diz respeito a um pedido antigo, feito pelo advogado geral da União, José Eduardo Cardozo, no qual expõe o fato do impeachment não ter "fundamentação jurídica, pois em nenhum momento caracteriza crime de responsabilidade contra a presidenta Dilma".
Silva considera ser possível reverter votos em um novo processo de impeachment na Câmara. "Toda vez que você tiver espaço para questionar a fragilidade jurídica de um pedido de impeachment, evidente que você tem espaço para formar opinião. Não sei o que vai decorrer dessa decisão do deputado Waldir Maranhão. Acho que temos de aguardar. O governo vai continuar o tempo todo debatendo o mérito", disse.