Paulo de Tarso Lyra
postado em 11/05/2016 07:39
O vice-presidente Michel Temer pretende ir, na próxima semana, ao Congresso Nacional, apresentar as linhas gerais do seu governo. Temer deve assumir o Planalto até a sexta-feira, após o término da votação do processo de admissibilidade do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Aos deputados e senadores, o peemedebista pedirá a flexibilização da meta de superavit fiscal, apresentará outras medidas que pretende encaminhar ao Legislativo e, sobretudo, sinalizará que o Congresso é fundamental no momento de crise.
As prioridades do governo Temer no Legislativo haviam sido adiantadas pelo Correio na semana passada. Mas o vice-presidente achou por bem apresentá-las pessoalmente aos parlamentares. ;Ele vai dizer que este é um momento de crise, de dificuldades, de ajustes. E que conta com o apoio de deputados e senadores para aprovar as medidas necessárias a fim de superar esse momento de turbulência;, disse um interlocutor.
Temer, que há quase um ano defendeu em entrevista a necessidade de um ;grande pacto; para melhor a situação brasileira ; palavras que foram muito mal recebidas pela presidente Dilma Rousseff ;, falará que, sem o apoio de políticos, empresários e ]representantes da sociedade, a crise não dará tréguas. ;Os primeiros momentos serão dramáticos. A ida dele ao Congresso é um gesto simbólico fundamental neste primeiro momento;, completou um auxiliar direto.
O vice-presidente fez uma visita rápida, ontem, ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). ;Ele não chegou a confirmar se viria ao Congresso na semana que vem. Mas disse que pretende manter um diálogo constante com a Casa, com visitas frequentes aos deputados e senadores;, confirmou Renan.
Ao presidente do Senado, Temer confirmou que fará uma ampla reforma do Estado, com a redução de ministérios, de cargos de comissão e funções gratificadas. Eles também conversaram sobre os trâmites burocráticos da sessão de hoje. Renan assegurou que nenhum dos dois comentou sobre a decisão do presidente em exercício da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA) ; da qual ele próprio recuou depois ;, de anular a sessão que aprovou, na Câmara, a abertura do processo de cassação de Dilma, em 17 de abril.
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