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Senado tem quatro "baixas" na votação do processo de impeachment

Dois senadores estão afastados por problemas médicos. Outra, mesmo doente, vem a Brasília

postado em 11/05/2016 15:19
Quatro senadores não darão o seu posicionamento no plenário da Casa sobre o processo de admissibilidade do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Dois deles por motivo de doença médica, um por afastamento da Casa, além do presidente da Senado, que vai se abster do pleito que deve afastar chefe do Executivo Federal do poder por 180 dias.

Um deles é Delcídio do Amaral, ex-parlamentar do PT, que teve seu processo de cassação votado na terça-feira (10). Com as inúmeras demandas sobre o processo de impeachment em curso, o seu substituto não foi definido. A última atualização dos senadores em exercício feita às 6h desta quarta-feira não consta qualquer suplente do ex-senador do Mato Grosso do Sul - o estado terá apenas dois representantes.

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Renan Calheiros tem admitido que não irá votar na eleição de hoje, indo na contramão dos companheiros do PMDB. O senador alagoano irá apenas presidir a votação a partir das 19h e no momento que for chamado para declarar o seu voto irá anunciar a abstenção, algo que é favorável a presidente Dilma Rousseff.

Quem sequer estará presente na casa é o senador Eduardo Braga (PMDB-AM). Ex-ministro de Minas e Energia está com atestado médico apresentado à casa para a realização de exames para prevenir que o câncer de bexiga volte. O licença média é de 30 dias. Caso fosse superior a 120 dias, sua suplente, a esposa Sandra Braga, assumiria o posto. Antes da licença, Braga dizia não haver razões jurídicas para o processo de impeachment.

Por sua vez, o senador Jader Barbalho (PMDB-PA) também não estará no plenário do Senado nesta quarta-feira. Ele está em São Paulo há um mês e meio para um tratamento de radioterapia de um Adenoma de Hipófise. A recomendação do médicos é que os cuidados não podem ser interrompidos, sendo impedido de fazer viagens de avião.

Quem confirmou de última hora a sua presença na Casa para a votação é a senadora Rose de Freitas (PMDB-ES). Ela estava no hospital Sírio-Libanês para exames médicos após uma ameaça de Acidente Vascular Cerebral (AVC) na última sexta-feira (6). O horário de comparecimento no plenário ainda não foi confirmado pela assessoria de comunicação da parlamentar.

Na Câmara dos Deputados, dois parlamentares não estiveram presentes por questões de licença médica: Aníbal Gomes (PMDB-CE) e Clarissa Garotinho (PR-RJ). Na situação, houve também sete abstenções. Na votação desta quarta-feira, o rito será diferente da Câmara dos Deputados, quando era necessário 2/3 dos deputados para o prosseguimento para o Senado. Hoje, basta a maioria simples (54 senadores) para o afastamento de Dilma Rousseff por 180 dias.

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