Agência Estado
postado em 11/05/2016 16:33
O senador Telmário Mota (PDT-RR) foi o décimo segundo a se pronunciar na tribuna do Plenário do Senado sobre o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff e o primeiro a se posicionar contra a abertura do processo. "A presidente não cometeu crime de responsabilidade", afirmou, antes de ressaltar que seu Estado, Roraima, só tem luz, ciclovia e pavimento por causa da presidente Dilma Rousseff. "O processo de impeachment começou pela ótica do revanchismo da oposição", frisou.
Ele ressaltou que quem determina a parte contábil e financeira do governo é o Ministério da Fazenda e o Conselho Monetário Nacional e criticou os autores do processo de impeachment. "Não estão respeitando o povo brasileiro e a decisão das urnas", disse. Sobre a advogada Janaína Paschoal, que também assinou o processo, ele afirmou que ela é ligada ao PSDB. A acusação foi negada na manhã de hoje pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG).
Já o senador Sérgio Petecão (PSD-AC) se posicionou a favor do processo de admissibilidade do impeachment. "A presidente Dilma sofre hoje um processo em razão de ter cometido um crime de responsabilidade fiscal previsto na LRF e nas leis orçamentárias", justificou.
O senador ressaltou que não tem vínculo com o PSD, mas que o argumento de alguns senadores de que a advogada Janaína Pascoal tem ligação com o PSDB é "pífio". "Além do mais, o processo que ora analisamos não foi iniciado pela oposição como é dito aqui, mas por um ex-fundador do PT, dr. Hélio Bicudo", frisou. O senador destacou ainda que a população brasileira está preocupada com os escândalos que vêm à tona todos os dias.
O tempo de 15 minutos do senador acabou e o presidente da Casa, senador Renan Calheiros (PMDB-AL) não devolveu o som do microfone do senador. "Eu não tenho competência para mudar isso", disse o presidente. Até o momento, 69 senadores se inscreveram para falar. Cada um tem 15 minutos de tempo regimental.