Rosana Hessel
postado em 13/05/2016 07:11
Os economistas viram com ceticismo o discurso de posse do presidente em exercício Michel Temer. Para os especialistas, é preciso avançar muito e mostrar medidas concretas sob o risco de ver a confiança depositada no governo de transição se esvair com o tempo. Eles admitem, contudo, que a nova equipe econômica tem mais habilidade de negociação e apoio no Congresso, o que deve atenuar conflitos.
[SAIBAMAIS]Temer prometeu resgatar a credibilidade do Brasil e defendeu a independência do Banco Central como forma de tranquilizar o mercado. No entanto, nem ele, nem o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, detalharam as medidas que pretendem adotar primeiro para atacar o principal problema na economia: o rombo crescente das contas públicas.;Temos propostas para reduzir o deficit fiscal e vamos analisar na próxima semana. Vamos fazer um esforço para, ao longo de um tempo razoável, sinalizar um equilíbrio fiscal até 2018;, adiantou o ministro do Planejamento, Romero Jucá. Ele admitiu, contudo, que não mudará a proposta da meta fiscal da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) enviada pelo ex-ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, ao Congresso Nacional. ;A nova meta fiscal precisa ser aprovada rapidamente, senão, no fim do mês, vai haver uma paralisação das atividades do governo;, justificou.
Na opinião do economista Carlos Eduardo de Freitas, ex-diretor do Banco Central, é preocupante o novo governo permitir um deficit como meta fiscal. ;É importante perseguir um saldo positivo;, criticou. Para ele, é essencial reduzir as despesas. O congelamento dos benefícios e salários de servidores poderia gerar uma redução economia de R$ 40 bilhões por ano, sugeriu. Porém, Jucá avisou que o novo governo respeitará os acordos feitos pela gestão anterior. ;Vamos esperar e ver o que eles devem fazer para incrementar a receita;, disse Freitas.
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