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Ao barrar mulher de Pimentel, juiz cita nomeação de Lula por Dilma

A medida liminar atende às solicitações de cinco ações populares movidas por deputados estaduais do PSDB e por outras pessoas contra o ato do governador mineiro



"Com efeito, não há como negar que o ato de nomeação, como popularmente se diz, ;pegou mal;; pegou muito mal mesmo, afrontando aquele princípio da moralidade que deveria obrigar todo administrador a ter um mínimo de respeito para com a opinião pública dos administrados", segue magistrado.

Assim como Pimentel, Carolina é investigada dentro da Operação Acrônimo, da Polícia Federal, que apura supostas irregularidades na campanha do petista ao governo de Minas Gerais em 2014. Apesar de aceitar o argumento de que a nomeação de Carolina teve o intuito de garantir a ela foro privilegiado, passando assim a ser julgada pelo Tribunal de Justiça de Minas, o juiz Michel Curi faz a ressalva de que "é ingenuidade pensar que a transferência de competência para o Tribunal de Justiça de Minas Gerais para julgar a requerida por prática de eventual crime poderia conferir-lhe qualquer espécie de facilidade ou ensejar impunidade".

Defesa
Em nota, o governador Fernando Pimentel (PT) afirma que "causa estranheza deferir uma liminar para suspender um ato jurídico sem que, até o momento, tenha sido informado ao Estado a natureza ou a motivação desta suspensão". "Informamos, por fim, que a Advocacia-Geral do Estado vai apresentar recurso a esta decisão e lamentamos que um assunto de tamanha importância tenha sido tratado de forma precipitada e parcial", conclui.