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Brasil pouco avançou em políticas públicas para LGBT, diz Jean Wyllys

Ele citou como exemplo o fato de o atual ministro da Saúde, Ricardo Barros, há poucos dias no cargo, ter se reunido com a psicóloga Marisa Lobo, que defende que homossexuais recebam tratamento para se %u201Ccurar%u201D

Agência Estado
postado em 18/05/2016 13:13
Embora tenha havido avanços no reconhecimento da luta de lésbiscas, gays e transsexuais contra homofobia e por inserção social nos governos dos últimos três presidentes do país, pouco se avançou no Brasil em termos de políticas públicas voltadas a essa parcela da população, disse o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), em entrevista ao programa Espaço Público, da TV Brasil.

Para o deputado, apesar de os governos dos presidentes Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva e da presidenta afastada Dilma Rousseff terem avançado na abertura do diálogo com a comunidade LGBT, essa aproximação não resultou em uma atuação efetiva.

;Efetivamente pouco se avançou em termos de políticas públicas, porque eram governos de coalizão, compostos por forças muito conservadoras;, disse Wyllys durante a entrevista, que foi ao ar na noite desta terça-feira (17/5), Dia Internacional de Combate à LGBTfobia.

;Nenhuma democracia pode se considerar uma democracia se direitos de gays, lésbicas e transsexuais não forem observados e promovidos de alguma maneira, se houver discriminação jurídica, se as leis não protegrerem os direitos desses cidadãos;, afirmou o deputado.

Para Wyllys, que foi um dos mais ferrenhos opositores ao processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, o governo do presidente interino Michel Temer tampouco sinaliza progressos em relação ao tema da diversidade sexual.



Ele citou como exemplo o fato de o atual ministro da Saúde, Ricardo Barros, há poucos dias no cargo, ter se reunido com a psicóloga Marisa Lobo, que defende que homossexuais recebam tratamento para se ;curar;. Na avaliação de Wyllys, ;o atual governo é contrário à agenda da diversidade sexual, não tem apreço por essa agenda e as figuras contrárias à agenda LGBT se encontram empoderadas agora".

Comunicação
Wyllys disse acreditar que os partidos de esquerda no Brasil precisam dialogar mais para que não voltem a sofrer reveses como os observados nos últimos tempos. Ele criticou o que chamou de ;política de conciliação; do PT com esferas mais conservadoras da sociedade, o que, segundo o deputado, teria sido desvantajoso ao campo progressista. Como exemplo, o deputado citou a democratização da comunicação.

;O PT não tocou uma agenda que é cara para nós que é a agenda da democratização da comunicação e da informação. O PT continuou colocando, através de anúncios publicitários das estatais e de isenções, colocando muita grana nessa mída. E essa mídia não agiu com isenção, com a honestidade intelectual que se espera de uma mídia democrática de verdade.;

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