Agência Estado
postado em 18/05/2016 16:12
Dos mais de 90 pedidos apresentados solicitando pagamento de quarentena por seis meses, após afastamento do cargo que ocupavam no governo da presidente afastada Dilma Rousseff, a Comissão de Ética da Presidência da República acatou, por enquanto, apenas 13. Entre eles terão direito a receber salário integral no valor de R$ 30,9 mil, referente à função, os ex-ministros da Educação Aloizio Mercadante e do Desenvolvimento Social Tereza Campello. O mesmo benefício já havia sido concedido, na semana passada, aos ex-ministros da Advocacia-Geral da União, José Eduardo Cardozo, e da Controladoria-Geral da União (CGU), Luiz Navarro de Brito.
A Comissão de Ética, no entanto, entendeu que, até agora, no caso de seis pedidos, não houve caracterização de conflito de interesses, portanto não deverão cumprir o período de quarentena e não receberão salário do poder público durante os próximos seis meses. É o caso, por exemplo, do ex-secretário de imprensa da Presidência Rodrigo Almeida.
Também não receberão a quarentena Gabriel de Carvalho Sampaio, ex-secretário de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça; e Marco Antonio Martins Almeida, que foi ministro de Minas e Energia de Dilma por 20 dias. Na mesma lista estão Régis Dudena, ex-subchefe Adjunto da Subchefia para Assuntos Jurídicos da Casa Civil da Presidência da República; e Robinson Santos Almeida, ex-chefe de gabinete do Ministro do Trabalho.
Foi autorizada concessão de quarentena para Éden Valadares Santos, chefe de Gabinete do Ministro Jaques Wagner; o ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Asdrúbal Figueiró, que foi diretor-geral da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC); Daviel Marteleto Godinho, que foi Secretário de Comércio Exterior do Ministério da Indústria e Comércio; Graciano Ulisses Merlo, que foi diretor Presidente da Companhia Docas do Espírito Santo; Maria Elisabeth Villela Gouveia, ex-diretora da Caixa Econômica Federal; e Marcelo Veiga ex-diretor do Departamento de Justiça, do Ministério da Justiça, assim como o ex-Superintendente de Pessoa Jurídica do Banco do Brasil, Wanger Antonio de Alencar Rocha.
A Comissão de Ética está fazendo diligência para decidir se deve conceder quarentena a três servidores. Carlos Gabas, que é funcionário de carreira do INSS e foi ministro no governo Dilma; Júnia Maria Barroso Santa Rosa, que estava na Secretaria Nacional de Habitação, do Ministério das Cidades; e Carlos Augusto Grabois Gadelha, ex-secretário de Desenvolvimento e Competitividade Industrial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
No dia 31 de maio a Comissão de Ética irá realizar nova reunião, agora extraordinária, para examinar os inúmeros pedidos que chegaram ao colegiado, após o afastamento da presidente Dilma. Entre os que aguardam decisão da comissão está o ex-ministro Jaques Wagner, que ocupou a Casa Civil e chefia de gabinete de Dilma.