Politica

Para Alckmin, Lava-Jato é algo sacrificante, doloroso, mas necessário

O governador evitou comentar o vazamento da conversa entre o ministro do Planejamento, Romero Jucá, e o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, na qual são discutidos temas como a Operação Lava-Jato

Agência Estado
postado em 23/05/2016 15:49

Em palestra para empresários do grupo Lide na capital paulista, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse nesta segunda-feira (23/5) que é totalmente favorável às investigações da Operação Lava-Jato. "É sacrificante, doloroso, mas é necessário", afirmou o governador.

Alckmin declarou que a impunidade é algo que estimula a corrupção e, por isso, as investigações da Lava-Jato não podem ser interrompidas. "É uma mudança cultural", disse o governador, em resposta a uma pergunta feita por um dos participantes do evento.

O governador evitou comentar o vazamento da conversa entre o ministro do Planejamento, Romero Jucá, e o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, na qual são discutidos temas como a Operação Lava-Jato. Questionado sobre qual posição deverá ser adotada pelo PSDB, que participa do governo, Alckmin afirmou que vai aguardar a manifestação do ministro Jucá e do governo federal.



Em seguida, ao saber que Jucá já havia se manifestado, negando a tentativa de interferir na Lava-Jato, Alckmin disse que pretende esperar "até o fim do dia" para fazer uma avaliação.

Em comentário sobre a economia brasileira, Alckmin disse que "está provado" que ajuste fiscal não funciona com uma "recessão desse tamanho". "Se o PIB cai 4%, a arrecadação cai 5%. Se o Brasil cresce, a arrecadação aumenta", afirmou o governador. "Temos de ter política para retomar o crescimento, com foco em exportação e infraestrutura", sugeriu.

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