Paulo de Tarso Lyra, Naira Trindade
postado em 31/05/2016 06:35
A saída do ministro da Transparência, Fabiano Silveira, mesmo após a ligação no meio da tarde do presidente em exercício, Michel Temer, informando que ele permanecia no cargo, pegou o Palácio de Planalto de surpresa. Sem secretário executivo nomeado para assumir a pasta mesmo que interinamente, o governo resolveu manter Carlos Higino, o ministro interino da presidente afastada, Dilma Rousseff, até que se nomeie um substituto.
[SAIBAMAIS]Assessor legislativo, Fabiano Silveira se tornou ministro com os préstimos do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). O secretário executivo dele, Márcio Tancredi, seria o interino até que o governo encontrasse o nome do substituto, mas apesar de já trabalhar, Tancredi ; que também é assessor legislativo ; não foi nomeado. O Planalto, então, decidiu voltar o ministro interino de Dilma para a pasta até que saia a nomeação de Tancredi, ou até que se encontre o novo nome.
Apesar do novo desgaste, o governo avaliou a saída de Fabiano Silveira como positiva, uma vez que ;resolve o problema; criado com as críticas dele em relação à Operação Lava-Jato. O programa Fantástico, da Rede Globo, revelou gravações do ministro dando orientações a Renan e ao ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado antes de se tornar ministro.
Repercussão
Em represália à tentativa do presidente em exercício de tentar manter Silveira, a Transparência Internacional, ONG de combate à corrupção em todo o mundo, havia avisado, por meio de nota, que suspenderá os contatos com a pasta ;até que uma apuração plena seja realizada e um novo ministro com experiência adequada na luta contra a corrupção seja nomeado;.
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