postado em 31/05/2016 06:43
Um dia antes de receber o relatório sobre o pedido de cassação do mandato do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o presidente do Conselho de Ética da Câmara, José Carlos Araújo (PR-BA), afirmou que, mesmo afastado das funções de parlamentar, o peemedebista segue manobrando e tentando intimidá-lo. Na tarde de ontem, em entrevista ao Correio, Araújo afirmou que Cunha continua instrumentalizando aliados e adversários locais do deputado numa tentativa de desestabilizá-lo. O relator do caso, Marcos Rogério (DEM-RO), entrega hoje, às 11h, o relatório em que deve recomendar a cassação de Cunha.
[SAIBAMAIS];Mesmo afastado, ele (Cunha) continua dando as cartas na Câmara. Trama com aliados para tentar me intimidar. Políticos do interior da Bahia intensificaram ataques contra mim. Eu já respondi tudo e provei que se trata de um grileiro de terra que é alvo do Ministério Público. Cunha desrespeita a decisão do STF e continua manobrando, mesmo afastado das funções;, afirmou.
O presidente do colegiado ressaltou que Waldir Maranhão, que ocupa interinamente a presidência da Câmara, executa as ordens de Eduardo Cunha. ;Ele, a mando de Cunha, deu um despacho na semana passada limitando o escopo da investigação do Conselho de Ética. Mas ele não vai me intimidar. Cunha trocou integrantes do colegiado para se beneficiar;, afirmou.
Os próximos passos
; Hoje, o relator do processo contra Eduardo Cunha no Conselho de Ética, deputado Marcos Rogério, entrega o parecer, que deve recomendar a cassação do peemedebista
; Na quinta-feira, o presidente do Conselho de Ética deve convocar uma sessão para leitura do relatório
; É provável que, como é de praxe, ocorra pedido de vista. Nesse caso, o prazo é de dois dias úteis. Sendo assim, a apreciação só poderia ocorrer a partir de 6 de junho
; A expectativa dos integrantes do Conselho de Ética é de que, até 9 de junho, o relatório seja votado no colegiado
; Para ser aprovado, o documento precisa de 11 votos favoráveis. Se passar pelo Conselho de Ética, o documento segue para apreciação na Comissão de Constituição, Cidadania e Justiça (CCJ)
; Em seguida, por tramitar em regime de urgência, uma vez que o prazo legal de 90 dias úteis para a conclusão do processo já expirou, o pedido de cassação de Cunha pode ir imediatamente ao plenário da Casa
; Para cassar o mandato do deputado é preciso que a maioria absoluta, em votação aberta, aprove o parecer, o que significa 257 votos de um total de 513
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